À frente do Podemos em Mato Grosso do Sul, desde 2019, o engenheiro e empresário Sérgio Murilo Mota está para ser substituído da direção da legenda pela senadora Soraya Thronicke, filiada ao partido em junho deste ano. Sérgio Murilo disse que não foi consultado sobre a decisão nacional do partido de trocar a presidência regional do Podemos.
"Fiquei sabendo pela imprensa que a senadora assumiria a presidência do partido no estado", afirmou Sérgio Murilo à CBN Campo Grande, nesta sexta-feira (17), como convidado para a rodada de entrevistas com os dirigentes regionais de partidos.
Ele revelou que estaria sendo alvo de uma armação política envolvendo a cúpula do PSDB em MS, partido que já integrou como secretário de Governo, na gestão de Reinaldo Azambuja.
Na opinião de Sérgio Murilo, faltaram 'rito, forma e até compliance' por parte da direção nacional do Podemos e da senadora Soraya Thronicke. O dirigente político ainda disparou: "ela não vai somar nada dentro do partido […] ela vai ser dona do partido sozinha"!
A legenda reúne atualmente 12 mil filiados, além de 40 lideranças municipais e 36 vereadores no estado. Como presidente regional do Podemos, Sérgio Murilo, confirmou que mantém financeiramente o partido em MS, inclusive cedendo o próprio imóvel para abrigar a sede regional, em Campo Grande.
O empresário também destacou que recebeu apoio de todos os prefeitos e vereadores do Podemos, diante do anúncio de sua destituição, e que estuda mudar de partido ou mesmo deixar a política após ser "despejado" (nas palavras dele) da direção regional.
"Fico constragido de ficar no partido […] me sinto desapontado. Eu fico angustiado pelos compromissos políticos que eu fiz em 40 municípios", comentou. Confira abaixo a entrevista, na íntegra: