Sem renovar o contrato anual para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com a prefeitura, a Santa Casa de Campo Grande restringiu os atendimentos à urgência e emergência desde quinta-feira (4).
A instituição alega defasagem nos valores pagos pelos serviços prestados, o que teria causado desabastecimento. A crise teria se agravado no período da pandemia. O presidente do hospital, Heitor Rodrigues Freire, informou que o impasse permanece pela insistência do município em oferecer a mesma proposta de 2019, sem os devidos reajustes para corrigir o desequilíbrio entre custo e receita.
“Essa proposta nós não vamos aceitar, porque ela é totalmente onerosa para nós. Do valor que nós recebemos, que é o mesmo de 2019, de R$ 23,8 milhões, são debitados todo mês por volta de R$ 5 milhões, que é o pagamento dos custos da rede bancária, dos empréstimos que nós fizemos para financiar a saúde em Campo Grande. E essa situação chegou a um ponto que não dá mais para continuar”, explicou.
O caso está sendo mediado pelo Ministério Público Estadual. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que tem mantido as tratativas com o hospital e apresentou proposta que está sob avaliação da diretoria da Santa Casa.