Um projeto para criar um parque urbano no entorno da 1ª e 2ª lagoas de Três Lagoas, com áreas de convivência, lazer e práticas esportivas, preservando a fauna e a flora do local e ampliando ações ambientais na região, foi apresentado nesta semana em audiência pública realizada na Câmara Municipal.
A ideia da prefeitura é urbanizar as duas lagoas, assim como a Lagoa Maior. O projeto prevê, inclusive, a interligação da 1ª e 2ª lagoas, com a abertura e pavimentação de ruas no entorno.
DESAPROPRIAÇÃO
Para a execução do projeto a prefeitura terá que fazer desapropriação de áreas privadas e transforma-las em públicas. Segundo o biólogo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Flávio Fardim, relator do Estudo de Concepção e Uso Futuro da região das duas lagoas, realizado pela prefeitura em parceria com a empresa Houer Engenharia, é vedado loteamento no entorno da 1ª e 2ª lagoa, que são consideradas unidades de conservação ambiental.
Entretanto, apesar de constar no Plano Diretor, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), não reconheceu as lagoas como unidade de conservação, por serem áreas que não têm atributos naturais, como o Parque Municipal do Pombo, por exemplo. Houve muita degradação na região e ocupações, o que não permite, inclusive, a aplicação de recursos de compensação ambiental, destinados pelas empresas que se instalam no município, como forme de mitigar os impactos ambientais.
Por esse motivo, e para dar uma nova destinação nessa região, é que a prefeitura fará alteração na legislação municipal para que as lagoas deixem de ser unidades de conservação. Após isso, a prefeitura fará a desapropriação de áreas que serão incorporadas ao parque urbano.
Flávio ressalta que esse é um processo que não é tão rápido em decorrência da necessidade de desapropriação e indenização dos proprietários de áreas nessa região.
SEDE PREFEITURA
O prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB), inclusive, tem a intenção de construir a sede própria da prefeitura na região dessas lagoas, o que não haveria impedimento, uma vez que alguns parques podem ter edificações de órgãos públicos.
Segundo o biólogo, a ideia é que esse parque seja como os que existem no perímetro urbano de Campo Grande, que contenham áreas preservadas e ao mesmo tempo, possa ser usado pela população.
Confira a reportagem abaixo: