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Baixo índice vacinal contribui para ampliar o caos na saúde

Imunização da população na Capital em 2018 e 2019 foi acima da média, mas caiu para menos de 70% em 2022

Colunista Edir Viegas no Jornal CBN Campo Grande - Isabelly Melo/CBN-CG
Colunista Edir Viegas no Jornal CBN Campo Grande - Isabelly Melo/CBN-CG

Desde ontem a Santa Casa de Campo Grande suspendeu o acolhimento de novos pacientes em função da superlotação. Mesma situação de verifica nas unidades de Saúde da prefeitura, que publicou chamamento público para a compra de leitos de hospitais da rede privada.

No entanto, a situação crítica atinge também unidades privadas das redes Cassems, Unimed, São Julião e Pênfigo, que também superlotados chegaram a solicitar vagas no Sistema Único de Saúde (SUS) para acolher os seus pacientes.

O único hospital privado que informou à Sesau que tem interesse na contratualização é o El Kadri, que possui 30 leitos disponíveis para ceder ao poder público.

São várias as causas dessa crise. A principal delas é a ocorrência de surto de doenças respiratórias, conforme informou o médico Sandro Benites, secretário municipal de Saúde, que caracteriza como epidemia a situação.

A epidemia vem atingindo principalmente as crianças, com maior gravidade em bebês, desde o início do mês de março. A situação se agravou em razão da circulação dos vírus da covid-19, rinovírus, sincicial respiratório e influenza.

Contribui muito para essa situação o baixo índice de imunização vacinal em todo o País, em especial em Campo Grande, quadro que piorou a partir de 2020, com a epidemia da covid-19.

Até então, o Brasil era exemplo mundial em estratégias de vacinação. A partir da pandemia, quando a Ciência deveria nortear a sociedade, o negacionismo e as manifestações anti-vacina tocaram fundo corações e mentes de parcela considerável da população.

Os índices vacinais nunca estiveram tão baixos e agora a conta chegou.