A presidente Dilma Roussef pode apresentar neste dia 1º de maio ao Congresso Nacional uma PEC (Proposta de Emenda a Constituição) para convocar novas eleições presidenciais ainda este ano, que seriam realizadas simultaneamente ao pleito de prefeitos e vereadores em outubro. A possibilidade foi sugerida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que participou neste sábado em Paranaíba, do IV Congresso do Sindijus, promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário.
O parlamentar é um dos cinco senadores a propor a ideia de novas eleições como uma proposta de reconciliação nacional. “No dia 2 de outubro, a população diria quem ela quer para presidente, com todos os partidos apresentando candidatos. O eleito cumpriria um mandato tampão de dois anos, prazo em que um seleto grupo de parlamentares escolhidos pelo povo, para esse fim, organizariam uma reforma politica capaz de preparar o pais para eleições gerais em 2018”, argumenta o senador.
Em entrevista exclusiva ao RCN Noticias e ao Jornal do Povo, o Senador prevê instabilidade econômica, política e institucional se o impeachment for aprovado. Há quase 30 anos no Congresso, Paulo Paim (PT-RS) reconhece que é difícil barrar a instauração do processo de impeachment de Dilma Rousseff, mas acredita no retorno da presidente.
Se a aprovação do afastamento temporário depende de maioria simples (metade mais um dos presentes na sessão), a cassação do mandato exige o voto de 54 dos 81 senadores. “Nunca vi nada ser aprovado aqui com 54 votos sem acordo”, lembra Paim.
O senador gaúcho traça um panorama sombrio para os trabalhadores brasileiros, em especial o funcionalismo público. Indagado se há tempo hábil para que a classe politica possa aderir à proposta, o senador disse mediante a lógica de um grande entendimento, Dilma e Temer poderiam entrar em acordo.
Para ele, somente gestos de grandeza da classe politica evitará que o pais caminhe rumo a instabilidade nos campos econômico, politico e institucional. “Caso o impecheament seja aprovado, ao invés da ponte para o futuro, como defende o programa apresentado por Michel Temer, o Brasil estaria em direção à ponte para o precipício”, afirmou Paim.