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Psicologia

Luta Antimanicomial propõe nova abordagem para doenças mentais

Pesquisa acompanhou pacientes do Hospital Psiquiátrico

Evento debate Luta Antimanicomial - Divulgação UFMS/ CPAR
Evento debate Luta Antimanicomial - Divulgação UFMS/ CPAR

O curso de Psicologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul do Campus de Paranaíba, realiza amanha (31) a Mesa de Debates com o tema ““ A Luta Antimanicomial e a questão álcool e drogas: desafios nacionais, regionais e municipais”. O evento tem apoio da Associação de Psicólogos de Paranaíba e do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul.

De acordo com Renata Bellenzani, organizadora do evento, o debate faz parte das comemorações do “Dia Nacional da Luta Antimanicomial”, ocorrido no ultimo dia 18 de maio. A Luta Antimanicomial apresenta um novo paradigma no tratamento de pessoas que sofrem com distúrbios psíquicos.

Por muito tempo,  as pessoas que sofriam de transtornos mentais eram excluídas totalmente da sociedade, obrigadas a viver em regimes de clausura em manicômios e tratadas por terapia quase que unicamente medicamentosa. Essas pessoas passaram a contar no serviço público com uma política que objetiva maior humanização no acolhimento, tratamento e acompanhamento dos seus problemas.

  De acordo com Renata Belenzani deverão ser apresentados resultados de pesquisas realizadas em Paranaíba, com pacientes que ficaram internados nos Hospital Psiquiátrico, um dos poucos hospitais dedicados a internação, ainda em funcionamento na região.      

Foram convidados para comporem a Mesa de Debates, representantes da Secretaria Municipal de Saúde, da Associação de Psicólogos de Paranaíba, do Conselho Regional de Psicologia de MS, além de representante de usuários do SUS municipal, dos agentes comunitários de saúde, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e do Conselho Municipal Antidrogas de Paranaíba-MS.

As doenças e transtornos mentais afetam mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), entre 75% e 85% das pessoas que sofrem desses males não têm acesso a tratamento adequado. No Brasil, a estimativa é de que 23 milhões de pessoas passem por tais problemas, sendo ao menos 5 milhões em níveis de moderado a grave.

O debate acontece no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, à partir de 19 horas.