Falhas no Sistema Integrado de Gestão Operacional (Sigo) tem dificultado o registro de procedimentos policiais, incluindo boletins de ocorrência em todo Mato Grosso do Sul. Em Paranaíba por exemplo, investigações também são prejudicadas. O Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol/MS), denunciou que há um mês a Polícia Civil tem dificuldades para desempenhar suas funções.
Segundo a entidade, o caos no sistema é decorrente de pagamento não feito à empresa campo-grandense Compnet, responsável pela ferramenta. Até registro de boletim de ocorrência online, na Delegacia Virtual, está prejudicado.
Amaury José Pontes, diretor do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), disse em entrevista ao JP News, que o problema está ocorrendo em todo Estado e os policiais estão revoltados; uma ocorrência que em média demora cinco minutos tem demorado três horas para ser registrada.
O caos no Sigo foi denunciado há duas semanas por meio de documento protocolado na Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e na Delegacia-Geral de Polícia Civil cobrando providências urgentes, de acordo com o Sinpol/MS. A ferramenta, de acordo com o sindicato, atrasa os trabalhos policiais, pois no Sigo é possível cruzar dados dos autores de crimes, montar inquéritos policiais e levantar estatísticas de ocorrências.
Diante das falhas no sistema, os policiais civis têm que amenizar o problema usando ferramentas alternativas disponíveis no computador para trabalhar. Caso a situação persista, o Sinpol/MS adianta que orientará os escrivães a realizar os registros de ocorrência só quando houver condições necessárias.
A assessoria de imprensa da Sejusp informou que o Governo do Estado está em processo de renovação de contrato com a empresa Compnet. Como o contrato é muito extenso, ainda é avaliado.