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Lar Santo Agostinho comemora hoje 40 anos

Entidade luta com dificuldades para manter 43 idosos

Mensalmente baile anima idosos no Lar Santo Agostinho - Hadayani Pereira
Mensalmente baile anima idosos no Lar Santo Agostinho - Hadayani Pereira

Neste dia 29 de setembro de 2016 comemora-se o 40° aniversário do Asilo Santo Agostinho. A data está sendo comemorada com muita festa no Lar que abriga, atualmente, 43 internos. Ontem, um animado baile na “tarde vespertina” reuniu grande número de visitantes.

Nesta quinta-feira, os 40 anos serão lembrados durante um culto ecumênico que será realizado na sede da entidade. Quase sempre legados ao esquecimento, os idosos acolhidos no Lar Santo Agostinho dependem da generosidade de pessoas solidárias.

História

Com base em artigo publicado pelo extinto jornal Tribuna Livre, na edição em comemoração aos 150 anos de Paranaíba, escrito por Lázaro Queiroz de Freitas, Mariana Sudário de Freitas, Daniel Castro, Leidiane Sabino e Marcio Seragucci, foi possível resgatar um pouco da história da entidade. 

Na década de 1970 já haviam muitas famílias desabrigadas em Paranaíba. Elas ficavam ao longo das estradas boiadeiras no município.O "seu Zote" como era conhecido o João Rodrigues Ferreira e sua esposa D Olga Almeida Ferreira, abrigavam muitas delas, em função do sua forte convicção religosa..

Em um lote doado por Daniel Martins Ferreira, "seu Zote" e alguns companheiros da comunidade católica, iniciaram a construção de oito casas de madeira  com dois quartos e cozinha equipada com um fogão de lenha.

Foram utilizados materiais usados e que não eram mais de serventia para seus donos. Sem energia elétrica, mas com agua  proveniente de cisterna, iniciava se a historia do Lar Santo Agostinho

Em 1981, um incêndio destruiu as casas de madeira, matando três internos e obrigando a direção da entidade a acelerar as obras que já estavam em andamento. Durante trintas dias os internos ficaram abrigados no Parque de Exposições, época em que se formou o trio "desmancha rodinha",  formado pelo "seu Zote", pelo Lazaro Nunes Freitas e pelo padre Adeodato.

O apelido explica-se uma vez que em todo grupo de pessoas que se aproximavam, a conversar era sempre a mesma,  o pedido para ajudar na reconstrução do Lar do Idoso, que estava destruído. "Seu Zote" que inicialmente não queria presidir o Asilo,  acabou tornando-se o presidente com maior tempo de gestão, de 1976 a 1997.

Ligada à Igreja Católica, o Asilo Lar Santo Agostinho é dirigido por uma diretoria composta de voluntários, com mandato de dois anos, cujo mandato pode ser renovado por mais dois anos. Atiualmente o presidente é o Sr Amaury Gonzales que ocupa a presidencia pela segunda vez.