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Em UEMS ocupada, confusão em apresentação de TCC revolta estudantes

Aluna teria sido avisada do cancelamento da tradicional apresentação no auditório horas antes do momento. Ocupantes alegaram que utilizariam auditório.

Prédio da UEMS em Paranaíba segue para segunda semana de ocupação - REDE SOCIAL - OCUPA UEMS
Prédio da UEMS em Paranaíba segue para segunda semana de ocupação - REDE SOCIAL - OCUPA UEMS

Alunos do 5º ano de direito da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) relatam, nas redes sociais, que ocupantes da universidade, em um movimento contra a PEC 241 (agora, no senado, PEC 55), prejudicaram a apresentação de monografia de uma aluna em conclusão de curso.

Tradicionalmente realizada no auditório da universidade, com presença de familiares dos estudantes, apresentações da última quinta-feira (3) teriam sido canceladas pelo “movimento” que, segundo os relatos desses estudantes, em assembléia feita com seus organizadores, decidiu que não haveria apresentações naquele dia.

Uma aluna que faria sua apresentação teria sido avisada do cancelamento horas antes do momento, o que gerou revolta e indignação de outros estudantes. Familiares aguardavam para acompanhar a apresentação da garota.

Os estudantes seguem relatando que ao tomarem conhecimento dos fatos seguiram para a universidade, e em conversa com a advogada do “movimento”, conseguiram “liberação” de uma sala de aula para a apresentação. Porém, integrantes da ocupação, contrários também a liberação das salas, faziam barulho próximo ao local onde a estudante apresentava seu trabalho de conclusão de curso, prejudicando o andamento da apresentação, dizem os alunos do 5º ano de direito nos comentário de uma nota emitida pelo movimento em esclarecimento dos acontecimentos.

Em nota divulgada em seu perfil no Facebook, o movimento denominado ‘Ocupada UEMS’ diz: “O movimento, após deliberação coletiva, não teve intenção de criar obstáculo à apresentação da monografia, conforme tem sido reproduzido. O que houve foi uma resistência quanto ao uso do auditório para apresentação do trabalho, uma vez que a ocupação tem uma programação educativa que incluía naquela tarde o uso do auditório. – Nunca foi a intenção desse movimento criar empecilho à realização de qualquer atividade administrativa e das atividades acadêmicas (extra sala).”

A nota também questiona a prática tradicional do uso do auditório para apresentações de TCC, por parte dos alnos do curso de direito: “Analisando os regimentos da instituição e, com base nas informações que obtemos junto à administração da unidade, concluímos que não há nada do ponto de vista regimental, que garanta o uso exclusivo do auditório para apresentação de monografia. Portanto, essa parece ser uma prática dos alunos do curso de Direito.”

Em resposta à nota, acadêmicos fizeram criticas e pediram o fim da ocupação. “Muito legítimo esse movimento, heim. Agem com total desrespeito e falta de diálogo (indo contra tudo que dizem defender) e depois não aguentam a verdade?! Parem de mentir, que ta feio.”, disse uma estudante.  

“O movimento, após deliberação coletiva, não teve intenção de criar obstáculo à apresentação da monografia, conforme tem sido reproduzido." A menina que vcs estão falando foi avisada horas antes que as apresentaçoes de tcc estavam CANCELADAS. Diante disso fomos a uems e dialogamos com a Priscila e, por causa disso, conseguimos com que a apresentação ocorresse. entretanto, durante a apresentação do tcc, fizeram barulho na parte externa do auditório e, por causa disso, saímos e pedidos para diminuir o som devido o tcc e fomos avisados que não iriam abaixar o som pq era proposital. NÃO somos nós que estamos deturpando a imagem do movimento. Vcs mesmo estão se encarregando disso. Tentaram impedir que a apresentação ocorresse, e posteriormente se engajaram para atrapalhar a apresentação.”,  relata outro acadêmico.

"Inicialmente, HIPOCRISIA define, já que um dos cartazes estampados na unidade trazem a frase "FORA TEMER", por não respeitar a Constituição Federal, sendo que os "ocupantes" também não a respeitam, já que o auditório havia sido previamente agendado pela acadêmica que pretendia apresentar seu TCC", escreveu um acadêmico

“Além da mordomia às custas da "coisa pública" ainda querem se vitimizar gratuitamente?”, questionou outro estudante.

“E a votação feita pelos líderes que os contra a ocupação venceram não foi respeitada por qual motivo? Democracia?”, também questionou um estudante.

“ Sinceramente, pra mim tudo isso deu o que tinha que dar.”, frisou uma acadêmica.

Iniciada no dia 28 de outubro, a ocupação do prédio da UEMS em Paranaíba já dura dez dias.