Na tarde de segunda-feira (14) o campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) de Paranaíba foi ocupado por acadêmicos e estudantes contrários se organizaram em um movimento, denominado “Desocupa UFMS/CPAR JÁ”, para negociar ou pedir ao Ministério Público Federal a desocupação da unidade.
O campus foi ocupado por cerca de 30 alunos em protesto contra a aprovação da PEC 55, que limita gastos públicos nas áreas da educação e saúde. Segundo Tiago Borges, acadêmico do último período de administração, a ocupação surpreendeu a maioria dos alunos, que ficaram sabendo por meio de redes sociais.
Na manhã da quarta-feira (16), alunos favoráveis e contrários ao “Ocupa UFMS” se reuniram no campus da universidade para iniciar uma discussão sobre as soluções para o caso. A reunião foi convocada pelos alunos que reclamam da forma como o prédio foi ocupado, sem assembleia ou consulta aos acadêmicos.
Na reunião, nada ficou acertado, porém, os participantes da ocupação deixaram claro que, no que depender do movimento “Ocupa UFMS”, as aulas não serão ministradas.
Para garantir que nenhum professor siga a agenda oficial de aulas, os ocupantes retiraram cadeiras e carteiras das salas, colocando-as amontoadas nos corredores da universidade, além de montarem barricadas nas portas. Em um comunicado em sua rede social, em relação às aulas, um professor informou que as aulas não ocorrerão no campus, enquanto houver ocupação.
Na quinta-feira (17) um grupo de alunos contrários ajuizou na Justiça Federal de Três Lagoas uma ação com pedido de desocupação do prédio. Segundo a assessoria de imprensa da UFMS, a universidade também pediu a reintegração de posse, porém ainda não tem decisão da justiça.
Na noite de quinta-feira, foi realizada uma assembleia convocada por alunos do movimento “Desocupa UFMS/CPAR JÁ”. Com a presença 67 alunos, 60 votaram a favor da desocupação, sete foram favoráveis a ocupação, seis se abstiveram e um votou em branco.
Mesmo convidados, os líderes e integrantes do movimento “Ocupa UFMS” não estiveram presentes na assembleia. Da mesma forma, esses alunos, teriam ocupado o campus da universidade sem assembleia ou consulta aos demais colegas.
De posse dos números da assembleia, integrantes e assessoria jurídica do movimento “Desocupa UFMS/CEPAR JÁ”, encaminharam ao Ministério Público Federal toda a documentação para que um pedido de reintegração de posse das dependências da UFMS seja entregue à Justiça Federal.
O movimento de ocupação que segue instalado no prédio da UFMS, tem como integrantes, em sua maioria, alunos da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), que tiveram que desocupar o prédio por decisão.