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Três Lagoas

Novo diretor-geral do HR em MS quer hospital funcionando "a todo vapor"

Prioridade é prestação de serviços com qualidade, afirma

O novo diretor-geral do Hospital Regional (HR) de Mato Grosso do Sul em Campo Grande, Rodrigo de Paula Aquino, quer o hospital funcionando "a todo vapor e com qualidade", conforme disse ao G1 nesta quarta-feira (31). Ele assume a unidade no lugar de Ronaldo Perches Queiroz, que foi exonerado há quase um mês.

Além de ser nomeado para o cargo, Aquino também será diretor-presidente da Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul, conforme decreto publicado no Diário Oficial do Estado nesta quarta.


Ele disse que a prioridade na nova gestão é a prestação de serviços com "capacidade total e com qualidade". Entre as primeiras medidas que deve adotar estão a administração do aumento de demanda na unidade por conta do fechamento do Pronto Atendimento Médico (PAM) do Hospital Universitário (HU) e criação condições para a abertura física do novo PAM do HR.

"Nós estamos com previsão de conclusão da obra do Pronto Atendimento do Hospital Regional para o dia 15 de agosto e aí precisamos equipá-lo e dotá-lo de material humano para funcionar. O governador pediu prioridade para essa questão”, disse.


Segundo Aquino, desde o dia 10 de julho há um grupo formado por três pessoas que estava trabalhando para poder reunir todas as informações para que a nova gestão assumisse o comando do hospital. “Essa designação é mais um passo dessa determinação de organizar a transição e a nova gestão do hospital”, disse.


O novo diretor-geral do HR atualmente ocupa cargo em comissão na Direção Superior e Assessoramento, na Consultoria Legislativa da Secretaria de Estado de Governo, que continuará a exercer e garante que não há acúmulo de funções. "Não são três cargos, é um cargo só com a designação para responder pelas outras funções”, explicou.


Caos
Trechos de escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça e que fazem parte das investigações da Operação Sangue Frio, da Polícia Federal, revelaram como diretores de hospitais públicos, incluindo Queiroz, e a Secretaria Estadual de Saúde lidaram com a proposta do Ministério da Saúde de ceder equipamentos doados para o setor de radioterapia.

As gravações foram feitas entre agosto e setembro de 2012, e também em maio deste ano. Denúncias de sucateamento do setor de oncologia no Hospital Universitário (HU) de Campo Grande originaram as investigações da Polícia Federal.


A operação revelou que o esquema beneficiava diretamente a rede particular de oncologia na capital sul-mato-grossense por meio da recusa de aparelhos para tratamento da doença que seriam fornecidos pelo governo federal.