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Três Lagoas

Três Lagoas tem mais 30 táxis clandestinos

Dados como o número das placas dos veículos já foram encaminhado à Polícia Militar e ao Deptran

Mais de 30 pessoas podem estar trabalhando clandestinamente como taxistas em Três Lagoas. A Associação dos Taxistas de Três Lagoas, efetuou levantamento nos pontos de táxis de Três Lagoas e constatou que 31 motoristas estariam exercendo a atividade de taxista, transportando passageiros irregularmente. 

Segundo o presidente da associação, Gérson de Souza Silva, os dados, como a placa dos veículos já foi encaminhado à Polícia Militar e ao Departamento Municipal de Trânsito (Deptran). A diretora do departamento, Creuza Ramos, disse que não recebeu a relação desses 31 táxis clandestinos, embora tenha conhecimento de alguns casos denunciados pelos taxistas.


De acordo com a diretora, devido à quantidade de trabalhadores que estão na cidade trabalhando na construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras, algumas motoristas estão aproveitando o momento para fazer o transporte irregular de pessoas.  Taxistas credenciados entrevistados pelo Jornal do Povo informaram que os taxistas clandestinos distribuem cartões e até pregam em postes cartazes de “disque táxi” contendo informações sobre o serviço com o número de telefone.


“Nós já denunciamos, mas até o momento não foi tomada nenhuma providência nesse sentido. Não existe fiscalização por parte da Prefeitura para reprimir a atividade irregular desse serviço, que embarca e desembarca passageiros até na estação rodoviária da cidade.  Para não entramos em conflito com usuário, a gente acaba até aceitando isso. Os clandestinos estão agindo tão soltos, que outro dia um taxista clandestino passou uma corrida para mim, já que não dava para ele atender”, reclamou o taxista Benedito Décio Mariano.
Os taxistas clandestinos utilizam veículos sem caracterização e com placa comum, a  branca, utilizada para veículos particulares. “Já peguei a placa do veículo e já repassei para o Departamento de Trânsito, não entendo porque esses clandestinos continuam trabalhando normalmente, sem qualquer repressão. Eles fazem mais corrida do que a gente, sem taxímetro, e por isso, cobram mais barato, sem contar que não tem as obrigações de pagar os impostos”, acrescentou.
Segundo a diretora do Deptran, três pessoas já foram autuadas e multadas pelo Departamento de Trânsito em razão de estarem trabalhando como taxistas sem ter autorização pela prefeitura para exercer a atividade. Creuza Ramos, informa que já recebeu denúncia  com a placa de três veículos, mas diz não saber porque essas pessoas insistem em continuar trabalhando clandestinamente. O que vão pagar de multa não irá compensar. Os motoristas de táxi que passarem as placas desses carros, podem ter certeza que esses motoristas serão autuados”, adiantou a diretora.


Atualmente, Três Lagoas tem 51 taxistas cadastrados no Deptran. Questionada se esse número não pode ser aumentado em razão da quantidade de taxis clandestinos, Creuza disse que não, já que a quantidade é definida de acordo com o número de habitantes.  “A legislação prevê que, a cada dois mil habitantes seja disponibilizado um táxi. Esses clandestinos aproveitam o grande movimento de trabalhadores vindos de fora na cidade e  aproveitam para atuar no local em que estes operários se encontram, oferecendo  corridas mais baratas”, comentou.


Creuza, no entanto, alertou a população que não utilize o transporte de taxi clandestino, já que isso pode representar perigo ao passageiro. “Alertamos a esses trabalhadores  e a população em geral, que esse serviço não é seguro, pois o usuário não sabe quais são as  condições técnicas e de manutenção do carro, além do mais não são vistoriados pelo departamento de trânsito da cidade. Por outro lado, há registro de casos de roubo durante o transporte, quando esses usuários  traziam consigo muito dinheiro no bolso, às vezes até o salário recebido, mas como estavam embriagados acabavam perdendo tudo.


Ao contrário, quando o taxista é credenciado, ele cuida e até guarda os pertences de seus passageiros para depois devolvê-los.  Reforçamos para que as pessoas não utilizem  veículo que não tenha a placa vermelha e a identificação de taxi, salientou a diretora do Deptran.