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Três Lagoas

Maioria das escolas públicas não tem laudo dos bombeiros

Principal entrave para conseguir a documentação, segundo os diretores é a falta de recurso financeiro

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A maioria das escolas estaduais de Três Lagoas não possui laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros, segundo pesquisa realizada pela equipe do Jornal do Povo, nesta semana. Das 11 escolas existentes no município, o JP conseguiu através de contato telefônico com sete delas, e foi informado que nenhuma  destas unidades escolares têm o documento, que estabelece a aprovação de equipamentos e plano de combate à incêndio e pânico. 

De acordo com a diretora adjunta da escola Fernando Corrêa, Maria de Fátima Anjoletto Macedo, em 2011, a direção fez orçamento para se adequar as exigências do Corpo de Bombeiros , que solicita a instalação de um hidrante – equipamento de segurança usado como fonte de água para ajudar no combate de incêndios  e de extintores. Entretanto, o alto custo foi o empecilho para a escola não dar andamento no projeto, que tem que ser executado por um engenheiro com especialização em combate a incêndio para elaborar o projeto. “A Associação de Pais e Mestres (APM) não tem verba suficiente para cobrir todos esses custos”, disse.


Na escola Afonso Pena, a falta de recursos também é o principal entrave para a obtenção de  laudo aprovado pelo Corpo de Bombeiros. Na avaliação da direção, este investimento tem que ser uma iniciativa do governo do Estado. 
A diretora da escola Bom Jesus, Ângela Maria Jorge, também tem a mesma opinião da direção do colégio Afonso Pena. Ela acredita que o Estado precisa disponibilizar  verba para a instalação de hidrante e extintores em todas as escolas do Mato Grosso do Sul.


A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Educação (SED), informa que não tem projetos para atender a reivindicação para a instalação de equipamentos para combater incêndio nas escolas estaduais.


ESCOLAS MUNICIPAIS
A Rede Municipal de Ensino (Reme), em Três Lagoas, é integrada por 31 escola, sendo que 14 são Centros de Educação Infantil (CEI) e as outras 17, são escolas de ensino fundamental, sendo que duas estão na zona rural.


A Reme informa, que somente três escolas: Professor Ramez Tebet, Eufrosina Pinto e Professora Marlene Noronha Gonçalves contam com hidrante, mas todas as escolas municipais são equipadas com extintores. Mas, que a secretaria vai solicitar, com urgência, a vistoria do Corpo de Bombeiros em quatro unidades escolares, cujos nomes não foram revelados.


RISCO
Para o major do 5º Grupamento de Bombeiros (5º GB), André Delai Rufato, é impossível descrever os riscos que os alunos correm por estudarem em escolas que não têm hidrante e extintores e que uma equipe do 5º GB vai vistoriar escola por escola. “Cada caso é um caso, não há como generalizar”, disse. E continuou: “Às vezes, nem há riscos. Tudo depende da estrutura da unidade escolar”.


O major explicou também que, no momento, as operações de vistorias do Corpo de Bombeiros  estão concentradas nos estabelecimentos que solicitam a inspeção e que o ideal é que partam das próprias escolas a solicitação de vistoria.