Os agentes penitenciários do Mato Grosso do Sul suspenderam no último sábado a paralisaçãoda categoria, depois de dez dias de recusa em receber presos encaminhados pelas Delegacias de Polícia. A medida foi uma forma de a categoria chamar atenção do governo do Estado para a contratação de mais agentes para os presídios do Estado, além de garantir mais e melhores condições de trabalho.
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Na avaliação do presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária do Estado de Mato Grosso do Sul (Sinsap), Francisco Sanabria, a paralisação foi positiva. Entre as conquistas, Sanabriadestaca, a determinação do juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, Gil Messias Flemim, para a contratação de um médico clínico geral, em 48h, para atuar no Complexo de Presídios da Capital, que compreende o Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, Centro de Triagem Anísio Lima, Presídio de Trânsito, Instituto Penal de Campo Grande e Estabelecimento Penal Irmã Irma Zorzi, este último feminino e os demais destinado para homens.
Outra vitória, segundo Sanabria, é que Flemim também determinou que o Módulo de Saúde, existente no Complexo, deve entrar em funcionamento em 30 dias. Segundo o presidente do Sinsap, faltam equipamentos e profissionais da área médica.
A categoria também comemora a construção de mais três presídios na capital, na região da Gameleira. O governo deverá apresentar o projeto de construção até abril de 2014. O governador André Puccinelli, disse que a obra irá disponibilizar 1,3 mil novas vagas, sendo, 300 para mulheres, e o restante, mil vagas são para detentos. As vagas masculinas serão dividas, em dois presídios, um com capacidade para abrigar 600 homens, e outro com 400 vagas. Estes presídios deverão ser entregues em 2016.
Os agentes penitenciários também conseguiram, por meio da mobilização, a promessa do governador de convocar para o Curso de Formação de Agentes Penitenciários 300 pessoas. Segundo Sanabria, o concurso é para 230 vagas, mas serão aprovados e formados 300 candidatos, sendo que, de imediato os 230 assumem suas vagas, e o excedente, 70, serão chamados gradativamentena medida que vagas forem se abrindo.
Outra conquista, é a transferência de imediato de 50 presos de outros estados, para presídios mais próximos de suas cidades de origem. “A paralisação surtiu efeito, porém novas assembleias serão programadas com a finalidade de ampliar as conquistas que a categoria reclama”, finalizou Sanabria.
