A idosa Aparecida Graciano de Souza, de 61 anos, presa por matar e esquartejar o marido, de 64, afirma que sofria agressões e violência sexual. A declaração foi feita pelo advogado de defesa da idosa, em entrevista à TVC, que destaca ainda que mulher cometeu o crime porque era vítima de violência doméstica e ameaças. Aparecida foi presa no dia 26 de maio, no município de Selvíria, após a Polícia Civil encontrar as partes do corpo da vítima, às margens da BR-158.
Ela foi autuada em flagrante e transferida para Três Lagoas. O advogado Júlio Cesar Sanches Nunes, que atua na defesa, disse que a idosa chegou a esse ponto porque não encontrava mais saída. “Essa foi a forma que ela encontrou de acabar com as ameaças que sofria. O idoso dizia que se ela não tivesse relação sexual a mataria. Ou ela, ou alguém da família dela. Não foi algo planejado, pensado, e, sim, foi um momento que ela não suportou mais”, pontuou o advogado.
Sanches confirmou que a idosa não registrou boletim de ocorrência sobre as agressões que sofria. “Como muitas mulheres, infelizmente ela não registrou boletim. Ela temia pela vida. Não há testemunhas porque as ameaças eram dentro da casa, só quando estavam os dois, e isso infelizmente é comum”, frisou.
Confira a entrevista abaixo: