Em discussão há mais de 10 anos, a Estação Aduaneira do Interior, o porto seco, de Três Lagoas, até hoje não saiu do papel. Em 2012, a administração municipal realizou e apresentou o Estudo de Viabilidade Técnico- Econômica e Ambiental, bem como de orçamento para a implantação do projeto, considerado importante e necessário para o desembaraço e escoamento da produção industrial do município. No entanto, passados 11 anos, até hoje o projeto não foi licitado pelo governo federal.
Após anos de espera e depois de várias reuniões, a previsão era de que o porto seco fosse licitado no segundo semestre do ano passado. Uma comissão chegou a ser formada para tratar a implantação do porto seco de Três Lagoas e um novo levantamento de viabilidade deveria ter sido feito para que a Receita Federal abrisse licitação no ano passado, o que não aconteceu.
A Estação Aduaneira do Interior deveria ser instalada em uma área de seis hectares na Fazenda Rodeio em Três Lagoas, que será doada para a Receita Federal. “O proprietário dessa área já assinou documento com o Município e Estado, se dispondo a fazer doação da área, que só não foi concretizada, porque o proprietário precisa ter a certeza que o projeto vai sair do papel. Mas a área continua à disposição, inclusive no ano passado, houve a manifestação de um grande grupo chinês, interessado em construir o porto seco, através de uma parceria com a União, Estado e Município, e por um certo período, administrar toda a estrutura e operação aduaneira”, informou o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Aparecido de Moraes.
O secretário destacou que o porto seco é extremamente importante e necessário para atender a demanda das indústrias de Três Lagoas. “Principalmente as grandes indústrias que encaminham os seus produtos para o Porto de Santos, os quais nunca têm ciência da data correta para o embarque dos produtos em navios para outros países”, destacou Moraes.
O estudo de Viabilidade Técnico- Econômica mostra que o local indicado é propício para a instalação do projeto, já que fica próximo a BR-262. Além disso, o contorno rodoviário em construção passará pelo local, interligando a BR-262 até a BR-158. Portanto, o local seria estratégico para empresas instaladas no Distrito Industrial, que ficam próximo a saída para o Estado de São Paulo, na BR- 262, bem como para Suzano e UFN 3, na BR-158, sentido Brasilândia.
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