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Três Lagoas

Polícia aponta indícios de que criança não foi sequestrada

Imagens de câmeras de segurança revelam que criança estava na calçada da escola no mesmo horário do suposto crime

caso > caminhonete foi apontada como suposto veículo utilizado na ação - Divulgação
caso > caminhonete foi apontada como suposto veículo utilizado na ação - Divulgação

O suposto sequestro de uma criança, de apenas 10 anos de idade, na saída da Escola Municipal Parque São Carlos, em Três Lagoas, pode não ter, de fato, ocorrido. A Polícia Civil anunciou haver indícios, a partir da análise de imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais da região, de que o sequestro não passou de uma mentira. O delegado Matheus Souza Oliveira de Palma, da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), contou que criança aparece nas filmagens em horário que, em tese, estaria sequestrada.

No entanto, está caminhando tranquilamente e olhando estabelecimentos comerciais. Ele também destacou que as investigações continuam e que aguarda a análise de outras câmeras de segurança e também da vinda do exame de corpo de delito. O boletim de ocorrência sobre o suposto fato foi registrado na segunda-feira (28), à noite. O caso teria ocorrido, na saída da Escola Municipal Parque São Carlos, em Três Lagoas, por volta de 11h, do mesmo dia, envolvendo uma caminhonete preta.  

O delegado Matheus Palma destacou que as imagens de segurança registraram o veículo percorrendo as redondezas, quando foram iniciadas as investigações.. Segundo o delegado, a caminhonete, no mesmo dia, foi identificada, assim como o motorista e outro homem. 

A mãe da menina esteve, nesta sexta-feira (1º), na DAM, onde tramita o inquérito, para ser ouvida novamente e tentar reconhecer os dois suspeitos. Fotos foram apresentadas para a mulher e a vítima. “No entanto, nenhum desses homens foi reconhecido pela vítima e a polícia descarta, nesse momento, a participação deles no crime”, disse o delegado. A menina chegou a contar para a mãe que caminhou do Centro até chegar em casa. O motorista não a perseguiu e foi embora.

ENTENDA O CASO 
A estudante seguia a pé para casa quando ainda na calçada da escola contou que teria sido abordada por um homem, que conduzia uma caminhonete. Na ocasião, ele saiu do veículo, tampou a boca dela, fazendo com que a criança desmaiasse. Assim que acordou, a menina percebeu que estava no banco de trás da caminhonete e pelo retrovisor central do veículo, viu o motorista fazendo sinal para que ela ficasse quieta. 

Eles estavam na área central da cidade, próximo à esplanada da NOB, no ponto onde tradicionalmente são realizados eventos. No momento em que a caminhonete parou em um semáforo, a criança percebeu que a porta do veículo não estava travado conseguiu fugir.

Veja a reportagem sobre o assunto: