Veículos de Comunicação

Dados

Sistema informatizado do MPT registra 37 casos de trabalho escravo

MPT divulgou levantamento da Secretaria de Inspeção do Trabalho

Um sistema informatizado  do Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul, o "MPT Digital/Gaia", aponta que 1,8 mil casos de trabalho escravo foram investigados em 2017, com aliciamento e tráfico de trabalhadores. Em todo o ano passado, 37 casos foram monitorados.

Nesta semana, o MPT divulgou levantamento da Secretaria de Inspeção do Trabalho, que mostra que no ano passado foram flagrados 1.753 casos – 267% a mais que em 2017, que teve 1.200 trabalhadores flagrados em condições de escravidão. O procurador-chefe do ministério no Estado, Leontino Ferreira, disse que mesmo sendo uma quantidade baixa de casos registrados em 2018, não seria redução do trabalho escravo no Estado e sim uma diminuição na fiscalização. “Não houve uma redução das condições de trabalho escravo no Estado.

O que houve sim foi uma diminuição da fiscalização devido ao condicionamento orçamentário do Ministério”.

O procurador-chefe do MPT ainda explicou que se caracteriza como trabalho escravo atualmente no Brasil de acordo com o código penal: colocar o trabalhador em regime degradante, não pagamento do salário ou uma remuneração que fica retida para pagar as despesas do trabalhador, alojamento precário, entre outros fatores que violam a condição humana. 

De acordo com o Observatório Digital do Trabalho Escravo entre os anos de 2003 e 2018, 44,2 mil trabalhadores foram resgatados do trabalho escravo no Brasil.