A professora e deputada Rose Modesto (PSDB-MS) disse, nesta semana, que é favorável à reforma da Previdência. Porém, adianta que vai "lutar por uma proposta justa", principalmente para os professores. “Devemos apreciar a proposta da reforma ainda neste semestre e estou preocupada com a situação dos educadores. Como venho da sala de aula, conheço bem a realidade dos professores. A profissão exige muito, e não há a menor condição de que os educadores tenham o mesmo tempo de contribuição das outras categorias. E por isso vou brigar pelos professores”, afirmou.
Rose afirma ainda que a proposta deve ser amplamente discutida. “Essa reforma é necessária, mas temos que discutir bastante, afinal vai mexer na vida de todos os trabalhadores e o princípio dos direitos adquiridos não deve ser alterado na proposta. Vamos trabalhar para isto”, destacou.
Outro ponto defendido pela parlamentar é a manutenção da diferença de idade mínima para a aposentadoria entre homens e mulheres. O Executivo diverge sobre esse ponto, enquanto o Ministério da Economia defende que ambos devem ser iguais. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) quer manter idades distintas.
IDADE MÍNIMA
A versão preliminar da reforma, que vazou no início da semana, mas que ainda não teve o aval do presidente, prevê idade mínima de 60 anos para a aposentadoria de professores de ambos os sexos. Hoje, há professores que podem se aposentar apenas pelo critério de tempo de contribuição e outros que precisam atender a esse critério e ainda ter uma idade mínima (em geral, de 55 anos para homens e 50 para mulheres). Há também professores vinculados a regimes próprios dos seus estados e municípios, com regras diferentes.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (7) que o presidente Jair Bolsonaro decidirá, após receber alta do hospital, as regras de transição e as idades mínimas para aposentadoria na reforma da Previdência. "O presidente está se recuperando. Quando ele voltar, definirá algumas variáveis importantes como tempo de transição e as idades”, disse.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ser possível aprovar a reforma até maio, e o Senado aprová-la em junho ou julho, caso a base aliada esteja articulada.