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SEMANA DA CRIANÇA

‘Zero contato’, orienta psicóloga sobre exposição de telas para crianças até três anos

Entre as consequências do excesso, a especialista em terapia cognitivo-comportamental enumera irritabilidade e ansiedade

Queiciane Reis no estúdio da rádio CBN-CG
Queiciane Reis no estúdio da rádio CBN-CG | Foto: Raíssa Rojas/ CBN-CG

Na semana da criança, na hora de presentear, associar o gosto das crianças com o que mais adequado para cada faixa etária é um desafio para os pais e responsáveis. O excesso de estímulo das telas e da tecnologia tem impactado de diversas formas o desenvolvimento dos menores, principalmente na primeira infância, até os três anos de vida.

No Jornal CBN Campo Grande, pais falaram da rotina com as crianças que cada vez mais buscam os brinquedos eletrônicos como diversão. Em entrevista, a psicóloga clínica, especialista em terapia cognitivo-comportamental, com experiência em atendimento do público infantojuvenil, Queiciane Reis falou sobre os impactos do excesso de tela ou da precocidade do contato com a tecnologia na vida dos pequenos, imediatamente ou ao longo do tempo.

Sem meias palavras a psicóloga foi direta, na primeira infância as crianças não devem ter contato com as telas.

“Zero contato. Dos 0 aos 3 anos, a criança está em desenvolvimento da linguagem. E se tem o estímulo das telas, ela acaba regredindo, às vezes, porque acaba não desenvolvendo. Para desenvolver essa habilidade, ela precisa ter contato com pessoas e essas primeiras pessoas são os pais. Então, as telas acabam influenciando para que essa criança não se desenvolva bem”, resumiu a psicóloga.

Sobre as consequências do excesso de tecnologia na rotina das crianças, Queiciane destacou impactos no desenvolvimento social e psicológico.

“As crianças que têm os estímulos através das telas, você vai perceber que elas vão ficar mais irritadas. Também provoca a ansiedade, porque elas estão recebendo o mesmo estímulo constantemente, não tem essa mudança. Então, o cérebro dela não vai desenvolver mais do que isso”.

A psicóloga orientou como negociar o uso tecnológico com as crianças e reduzir a exposição no dia a dia. Acompanhe a entrevista completa: