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Editorial

Mato Grosso do Sul, 47 anos de boas lutas

Confira o Editorial da edição do Jornal do Povo, que circula nesse sábado (12)

Ernesto Geisel assinou em 11 de outubro de 1977 a Lei Complementar nº 31, que decretou desmembramento de MT e criou MS.
Ernesto Geisel assinou em 11 de outubro de 1977 a Lei Complementar nº 31, que decretou desmembramento de MT e criou MS. | Arquivo/Governo de MS

Celebramos neste 11 de outubro os 47 anos de criação do Estado de Mato Grosso do Sul, que foi instalado com a posse do primeiro governador Harry Amorim Costa, nomeado pelo presidente Ernesto Geisel. Por conta da sua nomeação, antigas lideranças que almejavam o cargo não o aceitavam e conspiram por sua demissão. O modelo de governo baseado em fundações e não em secretárias para a execução de políticas públicas não foi bem recebido e causou uma convulsão política na vida administrativa do novo estado. E, acabou por causar a demissão do primeiro governador, que insistia na forma de conduzir a administração de governo e relutava em dar encaminhamento ou demorava para atender os pleitos dos políticos de então, pois relutava em lotear cargos no governo.

A pretensão de Harry Amorim Costa era a de dar enfoque técnico às questões de governo através de um novo modelo de governança. Demitido o primeiro governador, assumiu por dezessete dias o presidente da Assembleia Legislativa, Londres Machado, deputado estadual, que integra até hoje e é o mais longevo deputado com mandato na Assembleia Legislativa do nosso Estado. Marcelo Miranda Soares foi nomeado e exerceu o cargo pouco mais de um ano. Mas elegeu-se pelo voto direto governador para o período de 15 de março de 1987 a 15 de março de 1991. Mas, nesta sucessão de demissões, o ex governador do Mato Grosso antes da divisão do Estado, Pedro Pedrossian foi nomeado para substituir Marcelo Miranda para governar o Mato Grosso do Sul pelos dois anos restantes do seu primeiro quatriênio. E na esteira do restabelecimento da democracia no país com eleições livres pelo voto secreto em 1982, elegeu-se governador Wilson Barbosa Martins, que deu ritmo à normalidade política e administrativa ao Estado, que, então, passou a ter governadores eleitos de quatro em quatro anos.

A instabilidade de governadores inicialmente causou retrocesso ao desenvolvimento do estado por conta das três nomeações de governadores num período de quatro anos. Havia um longo caminho a percorrer para que Mato Grosso do Sul se firmasse como estado de oportunidades e desenvolvimento sócio econômico. Entretanto, há de se registrar que, ao final do governo de Wilson Barbosa, Mato Grosso do Sul passou a contar com uma legislação de incentivos fiscais para atrair investimentos privados e incentivar a instalação de indústrias para se tornar um estado onde a produção do campo pudesse ser industrializada como é hoje é a carne, a soja e a celulose, por conta das imensas áreas reflorestadas de eucalipto, matéria prima básica para a fabricação da celulose, que na atualidade nos coloca na vanguarda internacional de país grande produtor deste insumo para o consumo interno e externo, entre outros insumos da produção do agronegócio.

Inquestionavelmente, hoje avançamos como estado que alarga horizontes para a industrialização e amplia a logística de escoamento da produção industrial A implantação e modernização de nossas rodovias para o escoamento da produção aos centros consumidores internamente e para vários continentes da geopolítica econômica do mundo afora tornou se realidade. A nossa população cresce, geramos emprego e renda, e estamos continuadamente atraindo investimentos para a industrialização da produção agrícola, mas também aumentamos, simultaneamente, a industrialização de modo geral em vários outros segmentos. Nos últimos dez anos demos saltos importantes com a execução de obras que estruturam e dão suporte ao tamanho do crescimento que potencialmente pretendemos alcançar, concedendo incentivos e atraindo mais investimentos da iniciativa privada.

Dentro desse contexto e melhoria de desenvolvimento entre dezenas de municípios, pode se dizer sem medo que Três Lagoas, entre esses, é exemplo de prosperidade industrial e geração de emprego e renda. Somente nos últimos dois anos crescemos em população em dez mil habitantes. Uma marca fantástica. E, certamente na esteira desse desenvolvimento, novas indústrias aqui hão de se instalar numa manifesta reafirmação de que a luta pelo desenvolvimento socioeconômico não tem trégua para fortalecer Mato Grosso do Sul, que daqui a três anos chegará mais forte nos 50 anos da sua criação.

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