Os casos de leishmaniose visceral em humanos aumentaram 333% entre 2020 e 2021, em Três Lagoas. Os índices geram alerta às autoridades. Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que no ano passado foram três casos confirmados e nenhuma morte. Nos primeiros 10 meses do ano, 13 moradores contraíram a doença e duas pessoas morreram – uma bebê de um ano e um idoso de 88 anos.
De acordo com o coordenador do Departamento de Endemias, Alcides Ferreira, o município não registrava índices expressivos de leishmaniose em humanos desde 2017. Segundo ele, não é possível destacar somente um fator como responsável pela endemia. “A leishmaniose é uma doença sazonal e cíclica, ou seja, há períodos de aumento e diminuição dos casos e, por isso mesmo, muitas vezes a causa pode estar ligada a diversos fatores ambientais”, comentou.
Borrifação será feita em 9 bairros
A chamada “borrifação preventiva” será feita, nas próximas semanas, em nove bairros de Três Lagoas. O objetivo é eliminar a circulação do mosquito-palha nas regiões onde moradores já contraíram a leishmaniose visceral.
A informação é do coordenador do Departamento de Endemias, Alcides Ferreira. Segundo ele, os bairros serão: Paranapungá, Oiti, Atenas, Santa Júlia, Nova Americana, Flamboyant, Samambaia, Guanabara, Santa Rita. “São bairros onde houveram casos de 2017 até agora. O intuito é eliminar de uma vez o mosquito infectado”, pontua.
Este trabalho será feito em uma cobertura de um raio de 150 metros em torno de onde houve confirmação da doença.
Campanha visa limpeza de quintais
Quintais e terrenos baldios mais limpos e livres de restos de matérias orgânicas são os objetivos do Departamento de Endemias, que inicia uma campanha de conscientização entre os moradores. Serão realizados manejo ambiental, acompanhamento da limpeza de casas e quintais, limpeza de terrenos baldios e borrifações em bairros de Três Lagoas. “O Centro de Controle de Zoonoses faz o monitoramento com uso de armadilhas para detectar se no imóvel há presença do mosquito e monitoramento dos cães. Cabe à comunidade a parte principal: higienização”.