O abate de bovinos cresceu 3,8% em 2017, após três anos de quedas consecutivas, atingindo 30,83 milhões de cabeças. Houve crescimento também, de 2%, no abate de suínos, que atingiu 43,19 milhões de cabeças, um novo recorde na série histórica iniciada em 1997. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (21), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mato Grosso do Sul foi o segundo estado que mais abateu bovinos no ano passado, responsável por 11,1% na participação nacional, ficando atrás apenas de Mato Grosso.
O crescimento no abate de bovinos mostra o setor da pecuária do país superando a crise verificada ao longo do ano passado, marcado pela redução da demanda por carne bovina no mercado interno e pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. O setor abateu 1,1 milhão de cabeças de gado a mais do que em 2016. Esse foi o primeiro crescimento anual após quedas entre 2014 e 2016.
O IBGE disse que, em abril de 2017, o setor acusou queda de 15,6% no abate em relação a março, a segunda maior retração mensal da série histórica iniciada em 1997. Segundo o Instituto, os motivos principais foram “a paralisação de atividades e férias coletivas concedidas por frigoríficos da empresa alvo da operação policial”, o que levou a um resultado negativo no segundo trimestre de 2017: queda de 3%.
Contribuíram para contornar a crise “o aumento de 12,1% nas exportações de carne bovina, e a maior oferta de animais devido a investimentos em reprodução para o aumento de efetivos.
Suínos
O estado também teve aumento no abate de suínos: 128 mil cabeças a mais que no ano anterior. A supersafra obtida no ano passado, com a maior produção de cereais, leguminosas e oleaginosas da história do país, foi a principal causa no novo recorde no número de abates de suínos. Segundo o IBGE, o abate de suínos, que supera o de bovinos desde 2008, aumentou 2% e atingiu 43,2 milhões de cabeças em 2017.