Brasil poderá colher até 238 milhões de toneladas de grãos na safra 2018/19

A produção estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para o primeiro levantamento da safra 2018/19 indica volume entre 233,6 e 238,5 milhões de toneladas, com variação entre 2,5% e 4,7% a mais do que a safra passada. Isso significa que a produção nacional poderá aumentar entre 5,6 e 10,6 milhões de toneladas. Os números estão no 1º levantamento da safra de grãos feito pela entidade.

Esse total previsto está muito próximo do recorde histórico na safra 2016/2017, quando alcançou 238,8 milhões de toneladas. Segundo o ministro Blairo Maggi (MAPA), os dados colhidos até o momento, bem como os de área plantada e o aumento das vendas de fertilizantes, corroboram com a previsão. Ele acrescentou que o comportamento do clima será determinante para manter essa previsão.

Nas principais culturas do país, a soja pode alcançar produção entre 117 a 119,4 milhões de toneladas, enquanto o milho total pode chegar até 91,1 milhões de toneladas. A estimativa é de que a primeira safra de milho poderá ser maior em relação à passada, alcançando entre 26 e 27,3 milhões de toneladas, enquanto a segunda seria de até 63,7 milhões de toneladas.

Outras culturas também se destacam com a perspectiva de aumento da produção. É o caso do algodão, amendoim, feijão-comum cores e girassol. No algodão, o bom desempenho das cotações da pluma, tanto no mercado interno quanto no externo, estimulou os produtores a investirem na lavoura, sendo esperados incrementos recordes na área plantada.

Em relação ao milho, a grande aposta dos produtores é a expectativa de normalização das chuvas para a temporada que inicia. O mercado mostra-se promissor e vem se fortalecendo a cada ano, com as alternativas de exportação para o mercado chinês, os reflexos da taxa de câmbio e a fabricação de etanol a partir de milho, além do forte mercado interno produtor de proteína animal, destacou o presidente da Conab.