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Agronegócio

Estado, União e entidades reforçam ações para barrar entrada da peste suína africana no país

Em Mato Grosso do Sul, existem hoje 365 granjas comerciais, com um rebanho de 1,263 milhão de suínos
Em Mato Grosso do Sul, existem hoje 365 granjas comerciais, com um rebanho de 1,263 milhão de suínos

O Governo de Mato Grosso do Sul, órgãos federais e entidades do setor produtivo ligadas à agropecuária sul-mato-grossense deram início às ações de mobilização para barrar a entrada do vírus da Peste Suína Africana (PSA) no Brasil. Mato Grosso do Sul tem uma faixa extensa de fronteira seca com o Paraguai e Bolívia, por isso é necessário reforçar as medidas de vigilância sanitária nesses locais e disseminar informação sobre a gravidade da doença e as formas de evitar o contágio dos animais.

Na última semana de setembro dirigentes e representantes do Imasul, Iagro, Agraer, Sejusp, Receita Federal, SFA-MS, Famasul, Asumas, Cooasgo, Aurora, Cooperalfa e Abraves-MS estiveram reunidos para tratar das medidas, em âmbito estadual, que precisam ser realizadas.

“A PSA é uma doença grave que já atinge a Rússia, Polônia, Bélgica, China e África. O governo federal já suspendeu as importações de produtos desses países. Agora, iremos reforçar a fiscalização e ações preventivas conjuntas da Iagro e SFA na região de fronteira. No Imasul, priorizamos o licenciamento do incinerador de mercadorias irregulares que são apreendidas no Posto Esdras, da Receita Federal em Corumbá”, informou o secretário Jaime Verruck, da Semagro.

Em Mato Grosso do Sul, existem hoje 365 granjas comerciais, com um rebanho de 1,263 milhão de suínos. “As granjas que produzem para a indústria já seguem um protocolo de biossegurança rigoroso, que já deve ser reforçado. Na Agraer, nossos técnicos vão intensificar a orientação aos produtores de pequenas granjas de suínos. Nossa mobilização é no intuito chamar a atenção de todos sobre a gravidade do problema. Essa é uma oportunidade para que a gente se adiante e mostre ao mercado que o nosso produto é diferenciado, com um nível elevado de confiabilidade e biossegurança”, concluiu Verruck.

Ações conjuntas 

Em nota divulgada nesta semana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou que, junto com os órgãos estaduais de sanidade agropecuária e instituições públicas e privadas que atuam na produção, industrialização e comércio de suínos, além dos suinocultores, irão tomar as seguintes medidas para evitar a PSA:

  • Fiscalizar o descarte adequado de resíduos alimentares provenientes de aeronaves comerciais e navios procedentes de países infectados pela doença.
  • Reforçar na inspeção de bagagens de passageiros com intuito de detectar alimentos e outros materiais com risco de transmitir o vírus.
  • Aumentar a atenção ao cumprimento dos requisitos sanitários para importação de suínos vivos, material genético, produtos, subprodutos e insumos de países de risco.
  • Intensificar a vigilância em criações de maior risco e em “lixões”.
  • Dar maior agilidade no envio e processamento de materiais biológicos (amostras) para diagnóstico de casos suspeitos.
  • Sensibilizar os produtores e fiscalização dos padrões de biosseguridade das granjas comerciais de suínos.

A população também deve colaborar na prevenção da PSA, evitando o contato com suídeos (javalis) silvestres ou domésticos doentes ou encontrados mortos, antes de qualquer contato com suínos sadios. Deve notificar ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) qualquer caso de doença hemorrágica ou de mortalidade anormal de suídeos silvestres ou domésticos. Os criadores de suínos, sejam comerciais ou não, devem reforçar as práticas e cuidados de biossegurança, e notificar o Serviço Veterinário Oficial sobre eventual ocorrência de mortalidade anormal em suínos com sinais clínicos compatíveis com PSA.

As pessoas que viajam para países onde existem registros da PSA, devem evitar visitar locais de criação de suínos. Se tiverem tido algum contato com esses animais, devem realizar a higienização imediata de calçados e vestimentas usadas, e, pelo período de sete a 15 dias evitar o contato com suínos domésticos.

A peste suína africana é uma doença viral, não oferece risco à saúde humana, não sendo transmitida ao homem, mas pode dizimar plantéis de suínos, sendo altamente infecciosa, o que exige o sacrifício dos animais, conforme determina a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disponibiliza equipe especializada para demais esclarecimentos através do seguinte telefone DDG 0800 7041995