Mato Grosso do Sul deve colher cerca de 9 milhões de toneladas de soja nesta safra, segundo dados do SIGA-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), serviço desenvolvido em conjunto pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul). Um pouco abaixo do que estava previsto inicialmente, quando a expectativa era de nova quebra de recorde, superando os 10 milhões de toneladas.
O problema veio de cima. Poucas chuvas em dezembro comprometeram a produtividade da soja, que no ano passado atingiu 59 sacas por hectare. Se essa performance fosse repetida, a safra desse ano poderia chegar a 10,053 milhões de toneladas. No entanto, segundo estimam os técnicos da Semagro, o Estado deve colher em torno de 8,9 milhões de toneladas do grão, retração de 11% em relação ao volume anteriormente previsto e de 6,71% se comparada à safra do ano passado (9,584 milhões/t), a maior já registrada na história do Estado.
As informações estão no último boletim da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) disponibilizado, disponibilizado no último dia 15. A área plantada se mantém em 2,84 milhões de hectares, aumento de 5,18% em relação à área da safra passada (2,7 milhões/ha).
“Ainda assim é uma safra gigante, 4,85% superior à registrada em 2016/2017 e 46,48% a mais do que foi colhido na safra 2013/2014”, lembra o secretário Jaime Verruck (Semagro). O campo sul-mato-grossense tem apresentado um desempenho crescente graças ao manejo adequado do solo e ao uso de tecnologias. Animados, os produtores ampliam as lavouras. Em cinco anos a área plantada com soja no Estado teve aumento de 30,27% e a produtividade da planta avançou em 12,41%.
Poucas chuvas
A quebra na safra 2018/2019 se dá em consequência da baixa ocorrência de chuvas em dezembro, o que derrubou a produtividade antes prevista em 59 sacas por hectare e que deve fechar em 52 sc/ha. Segundo dados do Centro de Monitoramento do Tempo e Clima (CEMTEC/MS), da Semagro, o mês de dezembro teve 20 dias sem chuvas na região Centro-Sul, 18 na região Norte e 15 na Nordeste.
Em média choveu 89,86 milímetros na região Centro-Sul, que engloba os municípios maiores produtores de soja do Estado, como Maracaju, Dourados e Ponta Porã. Na região Norte o índice pluviométrico médio ficou em 133,8 milímetros e na região Nordeste, 132,06 mm.
A colheita já começou no dia 14 na região Sul, devendo se encerrar dia 29 de março. Nas regiões Centro e Norte a soja começa a ser colhida no dia 25 de janeiro e os trabalhos se estendem até 5 e 12 de abril, respectivamente, caso não haja nenhum imprevisto. As primeiras lavouras colhidas na região Sul apresentam baixa produtividade, entre 30 e 50 sacas por hectare, conforme o boletim da Aprosoja.
(Com informações de Notícias MS)