O mercado do milho brasileiro tem ganho força nas últimas semanas e cada vez mais se consolida como promissor da safra 2023/24. Na última semana, o preço de referência do mercado spot de milho, Campinas (CEPEA), voltou a ser negociado acima dos R$ 60,00 por saca de 60 quilos, enquanto as exportações brasileiras seguem muito aquecidas com expectativa de totalizarem 55 milhões de toneladas embarcadas até o final do ano comercial (janeiro/24).
Há alguns elementos que podem explicar a alta e também como o milho, com preço depreciado durante todo o ano de 2023, devido a uma safra recorde e negativo nas relações de troca com insumos. O primeiro que podemos citar é a demanda interna estar mais acelerada no Brasil e os produtores (vendedores) estarem ativos no campo com a semeadura da soja.
Por falar na oleaginosa, ela tem sido determinante para as previsões para a safra 2023/24 de milho estarem bem mais baixas do que a campanha 2022/23, deve ser pelo menos 10% menor. O atraso na semeadura da soja, acarreta atraso na colheita e consequentemente atrasa demais o plantio do milho, que foge muito da janela ideal de cultivo em estados como Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais, localidades sujeitas a geadas durante o período de segunda safra.
Em resumo, os números do mercado spot e futuro já enxergam o cenário. Nesta segunda-feira, a posição de novembro/23 na B3 subiu 1,10%, a R$ 60,84 por saca de 60 quilos. O contrato de março/24 chegava a R$ 68,90 a saca, com alta de 1,90% (às 10h03 do dia 6/11/23). Os dados são importantes para a estratégia de vendas dos produtores de milho que devem ter preços mais remuneradores em 2024. Também serve com alerta para os atores das cadeias produtivas que demandam milho. Os preços vão subir.
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