A retirada da vacinação contra a febre aftosa foi adiada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A decisão ocorreu depois da 8ª Reunião da Equipe Gestora Nacional (EGN) do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE-PNEFA), em que foram apresentados os indicadores do andamento nos estados brasileiros.
Segundo o MAPA, o cenário ainda não é adequado para a suspensão da vacina, de forma segura, em nenhum dos blocos. Com isso, as unidades federativas que compõem os Blocos II (Amapá, Pará, Roraima e parte do Amazonas); III (Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte) e IV (Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal) terão a manutenção da imunização contra a doença em 2022. O estoque para 2021 já está disponível.
Uma nova avaliação do quadro geral está prevista para o final do primeiro semestre do ano que vem.
Pedido de adiamento
Mato Grosso do Sul e os outros 10 estados que compõem o bloco IV realizaram uma reunião, no último dia 14, em que decidiram levar o pedido do adiamento da retirada da vacina de maio para novembro de 2021.
Segundo o diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Daniel Ingold, a decisão técnica foi tomada pensando na segurança do mercado pecuário:
O Bloco IV detém mais de 60% de todo o rebanho bovino e bubalino do país, somando cerca de 130 milhões de animais.