A doença está ameaçando a produção de suínos globalmente, o que fez com que o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) ampliasse as orientações para órgãos de vigilância sanitária no Brasil. A Peste Suína Africana, ou PSA, reapareceu com força na China no início do segundo semestre deste ano. Vários países da Europa, a Rússia e Japão também registraram casos.
De acordo com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, o Brasil terá de aumentar os cuidados sanitários na importação de suínos vivos, material genético, insumos, produtos e subprodutos
A doença é viral e não transmissível aos humanos, mas é altamente infecciosa aos suínos e costuma provocar o sacrifício de todo o plantel nos locais onde é registrada, conforme determinação da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), o que causa grande prejuízo econômico. Ainda não existe vacina para a PSA e as formas mais virulentas são letais para 100% dos animais infectados.
Em agosto, quando a doença foi identificada na China, autoridades do país sacrificaram mais de 24 mil suínos em quatro províncias. Houve casos em duas propriedades rurais distantes mais de mil quilômetros. A nação mais populosa do globo conta também com metade da população de porcos do mundo, com 500 milhões animais, e uma cadeia que envolve de empresas familiares a grandes operadores comerciais.
ORIENTAÇÕES
Para evitar a entrada da peste suína no Brasil, o Mapa orienta órgãos de defesa agropecuária, representantes da indústria e comércio, além dos suinocultores, a tomar uma série de medidas preventivas. Há determinação para o descarte adequado de resíduos alimentares provenientes de aeronaves e navios com origem em países infectados, bem como reforçar a inspeção de bagagens de passageiros em busca de produtos de origem animal, que somente podem ser liberados após confirmada a sanidade. Na importação de suínos vivos, material genético, insumos, produtos e subprodutos, será preciso aumentar os cuidados sanitários.
Ainda, o Mapa pede que se intensifique a vigilância em criações de maior risco e em lixões e que se dê agilidade no diagnóstico de casos suspeitos. Por isso, pede a sensibilização de produtores para que sigam padrões de segurança sanitária em granjas comerciais e liguem, ao menor sinal de problema, para o telefone 0800-704-1995.