A semeadura da soja na safra 2023/24 em Mato Grosso do Sul segue lenta, sem os produtores conseguirem avançar frente a instabilidade de chuvas no Estado. De acordo com a Pátria Agronegócios, até sexta-feira, 13 de outubro, o plantio atingia 11,70% em MS, número que representa lentidão no processo frente ao comparativo com a mesma data no ano passado, quando os sojicultores haviam semeado 21,80% e também a média dos últimos cinco anos de 27,50%.
No cenário nacional há atraso também, contudo menor. O plantio da soja brasileira chegou a 17,35%, contra 22,60% em 2022 e 16,79% na média dos últimos 5 anos. A Pátria Agronegócios destacou ainda o avanço semanal no Paraná com aceleração, onde as chuvas estão se dispersando pelo estado (por lá, as chuvas estavam intensas). No Mato Grosso, o atraso é notado em grande parte dos entornos da BR-163 (principal região produtora). Já há informações que indicam necessidade de replantio em alguns talhões semeados há quase um mês no MT, o que apresentam baixo estande devido a falta de reposição hídrica nas últimas semanas.
Neste cenário, o produtor de Mato Grosso do Sul tem buscado ser mais conservador nas atividades de campo e aguarda o cenário de melhor umidade de solo, com finalidade de evitar um custo ainda mais elevado de produção, caso ocorra a necessidade de 'replantio'.
Há um mês, a Aprosoja/MS trouxe os números para a estimativa da produção da soja no Estado, com uma área ligeiramente maior, de 4,2 milhões de hectares, produção de 13,8 milhões de toneladas, queda de 7,92% frente ao colhida na safra anterior. A produtividade deve ser de 54 sacas por hectare, redução de 13,52% em comparação colhido na 2022/23.