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Agronegócio

Nasa: Brasil desconhece força do agro

Recente estudo da Agência Espacial dos Estados Unidos aponta que o país usa apenas 7,6% do seu território com lavouras

Imagem do chargista Carlos Latuff mostra cenário de membro do MST e produtor rural brasileiro - Reprodução
Imagem do chargista Carlos Latuff mostra cenário de membro do MST e produtor rural brasileiro - Reprodução

A imagem acima foi extraída de um teste aplicado numa escola de ensino infantil e médio na cidade de Formosa (GO). É do cartunista Carlos Latuff e retrata um cenário em que um dos personagens é membro do Movimento Sem Terra (MST), visto como agricultor familiar, e o outro é produtor rural tradicional, ganancioso e armado.

Números e estatísticas mostram um contraste no cenário da charge. O agronegócio move a economia do Brasil – com 20% da atividade econômica -, que deverá crescer 3,4% em 2018 impulsionada pela retomada da atividade da agroindústria. Mais da metade dos 10 maiores geradores de trabalho no Brasil é do setor rural. Fora a sustentabilidade – objetivo perseguido pelo setor. 

Estudo recente feito pela Nasa aponta que o Brasil usa 7,6% do seu território com lavouras – dado que o  Ministério da Agricultura considera como reforço de cálculos da Embrapa sobre preservação na agricultura nacional.

O professor Nelson Lehmann da Silva, pioneiro na luta contra a doutrinação ideológica nas escolas, comenta em um de seus artigos: “no Brasil, hoje, as noções transmitidas de política e cidadania estão flagrantemente contaminadas de conceitos marxistas, particularmente no ensino de nível médio. O que se ensina nas aulas de História, Sociologia, Geografia, e mesmo em Literatura ou Filosofia, não passa de doutrinação”, afirma. 

“Na maioria dos Estados, a rede pública de ensino está sob controle de docentes sindicalistas, militantes partidários. Os textos escolares, quase sem exceção, empregam o vocabulário marxista, mesmo o mais ortodoxo, como ‘consciência de classe’, ‘luta de classes’, ‘modos de produção’, ‘exploração internacional’, ‘imperialismo americano’ e a rotineira demonização do capitalismo”, finaliza Lehmann.

Alguns dados ainda apontam que, atualmente, 95% dos nossos alunos saem do ensino médio sem conhecimento básico em Matemática, quase 40% dos universitários são analfabetos funcionais e 78,5% dos estudantes finalizam o Ensino Médio sem conhecimento adequado em Língua Portuguesa. 

GRÃOS
“Contrariando essa ideologia, nunca se falou tanto em sustentabilidade e bem-estar animal na pecuária brasileira, os pecuaristas têm buscado incansavelmente melhorias pois sabem que animais bem tratados são mais produtivos.

Organizações como o WWF [World Wide Fund for Nature] anunciaram recentemente que o Pantanal só está preservado graças à pecuária”, comentou Rafael Gratão, do Movimento Nacional dos Produtores. 
Adriane Zart, uma das maiores autoridades do setor, afirma que “o bem-estar animal é extremamente necessário para o novo modelo de pecuária brasileira.  Não existe um animal saudável se ele não for bem tratado”, disse.

Outro exemplo é a área ocupada pela soja no cerrado brasileiro. A principal região de produção do grão no país atingiu, em 2017, a menor taxa de desmatamento dos últimos 16 anos, como aponta estudo inédito encomendado pela Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), em parceria com a The Nature Conservancy e elaborado pela Agrosatélite, com base em imagens de satélite.

Entidades do setor reclamam que falsas notícias, fake news e ideologias prejudicam o trabalho de mais de 3 milhões de produtores rurais, que têm a missão de produzir carne, leite e grãos para a população mundial, prevista para chegar a 9 bilhões de pessoas em 2050.