O Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, acatou pedido do Estado do Paraná para antecipar a retirada da vacinação contra a febre aftosa para novembro de 2019. No entanto, a vacinação em animais com até dois anos deverá ocorrer normalmente na data da primeira etapa, em maio do ano que vem.
O DSA emitiu nota que a aprovação foi dada após análise dos resultados de duas auditorias: uma delas do Quali-SV do ministério, que avaliou positivamente todo o sistema de defesa agropecuária paranaense, e outra, feita pela Agência de Defesa do Paraná (Adapar), dos postos de fiscalização de trânsito agropecuário.
No comunicado, o diretor do DSA, Guilherme Marques, diz que na campanha de vacinação de maio do ano que vem os criadores do Paraná ainda deverão vacinar todo o rebanho com idade até 24 meses, conforme determina o calendário nacional de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa.
De acordo com o Departamento, mesmo antecipando a retirada da vacinação, o Paraná continuará integrando o Bloco V previsto no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção Da Febre Aftosa (PNEFA) junto com Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (que não vacina), Estados que irão parar de vacinar em maio de 2021. A manutenção será devido a razões geográficas.
A primeira etapa que ocorrerá em maio do próximo ano, no entanto, ainda deverá ser feita em animais com até 24 meses de idade
“Além das auditorias mostrarem que o PR tem condições de avançar na retirada da vacinação, o estado se organizou juntamente com o setor privado e montou um controle de fronteira, que será feito no Norte do Paraná, com os demais estados vizinhos, como São Paulo e Mato Grosso do Sul. Foram construídos postos fixos de fiscalização de trânsito, com equipes que vão permanecer dia e noite”, explicou o diretor. Atualmente, o Paraná tem 33 postos de fiscalização em funcionamento em suas fronteiras.
A partir de outubro do próximo ano, o ministério deverá determinar restrições à entrada de animais de outros estados no Paraná, com exceção de Santa Catarina. “Portanto, haverá tempo suficiente para a adequação e a melhoria de eventual inconformidade observada ainda nesses estados. E também para que o setor privado juntamente com o oficial se organize para esta restrição, com antecedência de aproximadamente um ano”, completou o diretor.