Quarta-feira (23/5) foi último dia de negócios com fluidez no mercado da pecuária de corte. Desde a data não há negócios efetivos em volume suficiente para estabelecer referências de valores.
Em todas as praças pecuárias pesquisadas pelos consultores de mercado, os frigoríficos estão fora das compras devido à dificuldade de transporte. Isso acontece também para escoar a carne processada como já havíamos alertado para esse movimento negativo em entrevista com Frederico Costa Leite da LF Negócios Pecuários.
Como o efeito é cascata, com o tempo, afetará também o abastecimento. Frente a essa conjuntura o mercado do boi gordo está sem movimentação em todo o país, aqui no Estado não é diferente, poucos negócios e escalas alongadas, somente para a segunda quinzena de junho.
Para os próximos dias, analisando a conjunção de dois fatores, o início de mês e a falta de carne tendem a desequilibrar o mercado com possiblidade de aumento do preço da carne, o que é ruim para os consumidores.
Considerando um prolongamento desta situação, os impactos da paralisação no setor de proteína animal podem se agravar.
Para o curto prazo fica a expectativa de quando será cessada a paralisação e de que forma o mercado irá se comportar após esse cenário. Vale destacar que a chegada da frente fria no centro sul impacta diretamente na qualidade das pastagens, diminuindo a capacidade de suporte. Isso tende a provocar menor resistência da ponta vendedora quando as negociações retornarem ao ritmo normal.
Hoje (29/05), a arroba, numa media estadual, está cotada em R$ 128,00 á vista para o boi gordo, vaca R$ 117,00 e novilha R$ 119,00 também valores à vista.