A produção aquícola do país, que envolve peixes, camarões e outros produtos aquáticos, está sendo mapeada por uma pesquisa da Embrapa ainda em desenvolvimento. Agora, meta é expandir o projeto para todos os viveiros brasileiros, chamados de baterias.
Pesquisadores da Embrapa mapearam, por satélite, mais de 78 mil hectares de viveiros de produção aquícola. O banco de dados é inédito no país e abrange 513 municípios que mais produzem esse tipo de cultivo.
Durante o trabalho, a equipe observou diferenças de concentração espacial e de estrutura de produção pelo país. Foram usadas imagens de 2018 do satélite sentinel-2, que foram geoprocessadas para identificar os pontos no território que poderiam corresponder a corpos d'água. A partir disso, a Embrapa fez uma varredura pelas áreas destacadas para identificar as baterias.
A identificação dos municípios, que correpondem a quase 75% da produção aquícola em cada estado, foi feita a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que desde 2013 conta com números anuais de volume e valor desta produção.
O Paraná é maior estado produtor de peixes de cultivo, com baterias concentradas na região Oeste. Em segundo lugar, destaca-se o Rio Grande do Sul, e em terceiro, Rondônia, que teve a maior área mapeada, com 12,5 mil hectares.
No brasil, a aquicultura vem crescendo nos últimos anos, em especial, a piscicultura. De acordo com o último anuário da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), em 2022, a receita do setor girou em torno de 9 bilhões de reais. No ano passado, foram produzidas mais de 860 mil toneladas de peixe, com destaque para a tilápia, que coresponde a 64% da produção.
Segundo a Peixe BR, a piscicultura gera no país cerca de três milhões de empregos diretos e indiretos.
Para saber mais sobre a pesquisa das baterias, acesse o site da Embrapa.