Há em todo o Brasil uma série de questionamentos sobre a realidade de oferta e demanda de milho no país na safra 2023/24. Os números, independente da pesquisa ou instituição, trazem sentenças menores para a produção nacional, o que tem despertado um alerta relevante. Mesmo que não falte milho no mercado doméstico, podemos ver os preços subindo bastante e aumentando o custo de produção de cadeias produtivas, como da carne bovina e as integradas de frango e suínos.
De acordo com a Pátria Agronegócios, a área total no Brasil com milho na campanha atual é de 20,89 milhões de hectares (primeira e segunda safras juntas) queda de 6,2%, frente a ocupação na 2022/23. A estimativa de produção é de 110,29 milhões de toneladas, recuo de 16,4%. Em Mato Grosso do Sul área é menor em 7,3%, totalizando 2,10 milhões de hectares, com forte recuo na produção, estimada no Estado em 8,89 milhões de toneladas (-32,2%).
Os motivos passam pelos baixos preços praticados na safra anterior (recorde de produção), atraso na semeadura das lavouras de soja, risco de plantio fora da janela ideal e, com isso, ficar mais sujeito aos fatores climáticos. A própria Aprosoja Brasil tem instruído os produtores a reduzirem suas áreas e apostar em culturas mais resistentes ao clima.
Ouça a coluna CBN Agro Mercado desta quarta-feira (24):