Quando se fala em produção agropecuária, as culturas de grãos e de gado predominam em Mato Grosso do Sul. No entanto, muitos produtores têm optado pela fruticultura, segmento que ainda enfrenta desafios no Estado.
Na região de Campo Grande, por exemplo, a área destinada às cultivares cresceu 85% em cinco anos, mas a especificamente para frutas se manteve estável no mesmo período.
Segundo dados do levantamento sistemático da produção agrícola, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de área se mantem em torno de 90 hectares, divididos entre as culturas do abacaxi, laranja, mamão, limão, maracujá, melancia, tangerina, tomate e uva.
Um dos motivos apontados por produtores para a estagnação da produção em terras da Capital é a adversidade climática. Um dos únicos produtores de mamão da região, Admilson dos Santos, conta que a temperatura entre 28ºC e 32ºC é ideal para o cultivo da fruta, mas quando passa disso, a diferença é sentida na safra.
Além disso, o alto valor de insumos é outro empecilho. “O custo de produção aqui é muito alto. Para você ter uma ideia, o fungicida que a gente paga em torno de R$ 200 em São Paulo, aqui custa mais de R$ 300. É complicado, pra produzir aqui tem de ser talentoso, senão não produz não”, explica.
Outra produção que também gasta um valor alto na compra de insumos é a de uvas. “Além da mão de obra, nós temos a dificuldade de produtos específicos pra uva, que como aqui não é uma região dessa cultura, então nós sempre estamos com falta e às vezes é difícil, você tem que mandar trazer de fora ou encomendar com muita antecedência, o que nos dificulta”, relata o produtor da fruta, Celso Cortada.
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