O saldo da balança comercial de Mato Grosso do Sul no primeiro semestre de 2020 teve um crescimento de 28,27% em relação ao mesmo período de 2019 e já soma US$ 1,993 bilhão, puxado pela soja, celulose e carnes bovina e de aves. As informações são da Carta de Conjuntura do Setor Externo do mês de junho divulgada na segunda-feira (6), pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
O primeiro produto da pauta de exportações sul-mato-grossenses no acumulado de janeiro a junho de 2020 foi a soja, que teve uma expansão de 38,74% em relação ao mesmo período do ano passado. O segundo produto, foi a celulose, que embora tenha registrado uma queda de 14,64% em termos de valor, registrou uma expansão de 6,71% em termos de volume exportado, sugerindo que o recuo no período ocorreu principalmente devido à queda de preço do produto no mercado internacional.
Outros destaques no primeiro de semestre de 2020 foram as exportações de óleos e gorduras vegetais e animais, que cresceram 124,52% em relação ao mesmo período; as de açúcar, que aumentaram 263,46% e as de ferrogusa, que subiram em 71,22%.
“O bom desempenho das exportações neste 1º semestre é fundamental para a economia do Estado. Tivemos um crescimento de 28% no superávit da balança comercial em decorrência das operações de soja, celulose e carne, mas também pelo recuo nas importações, principalmente o gás boliviano. Importante destacar a taxa cambial média, que caiu e R$ 5,64 em maio e fechou em R$ 5,19 no mês de junho. Mesmo assim, no acumulado do ano, o câmbio favorável resultou em melhoria da remuneração dos exportadores”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semagro.
A China segue como principal destino das exportações de Mato Grosso do Sul, com 50,56% do total exportado, seguida pela Argentina (4,62%) e Estados Unidos (4,16%). Três Lagoas lidera os municípios exportadores, embora o destaque seja para o segundo, Dourados que expandiu 102,65% suas exportações principalmente devido às exportações de soja.
Nesse período de pandemia da Covid-19, as medidas de restrição às importações que têm sido implantadas pela China são alvo de monitoramento constante dos governos federal e estadual. “Ainda não estamos sofrendo nenhuma sanção desses mercados, mas temos um diálogo constante com o setor. Em junho, tivemos um crescimento expressivo de 25,34% nas exportações de carnes de aves e registramos estabilidade na carne bovina. Esses itens, junto com a soja e celulose, são absorvidos, em sua maior parte, pelo mercado chinês, daí a nossa preocupação e monitoramento”, finaliza Jaime Verruck.
(Com informações da Semagro)