O texto foi elaborado pelas 15 entidades que integram o Conselho do Agro. Temas como combate à criminalidade no campo, reformas tributária e previdenciária, priorização do seguro rural e revogação de tabelamento de frete rodoviário são algumas das demandas do agronegócio para o próximo presidente da República. Elas serão apresentadas nesta quarta-feira, 29, aos candidatos nas eleições 2018 no documento O Futuro é Agro – 2018 a 2030, em uma rodada de sabatinas na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.
Participam do encontro os candidatos do PSDB, Geraldo Alckmin, do MDB, Henrique Meirelles, do Podemos, Alvaro Dias, e da Rede, Marina Silva. Dois presidenciáveis não devem comparecer – Ciro Gomes (PDT), que tem como sua vice a ex-presidente da CNA, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), e Jair Bolsonaro (PSL), que deve participar de feira agropecuária no Rio Grande do Sul.
Demandas
O setor pede que o próximo governo promova a reforma da Previdência para atenuar o déficit nas contas públicas, além do modernizar o sistema tributário, com simplificação, unificação e redução do número de tributos. Uma das propostas é unificar a alíquota interestadual do ICMS e realizar sua cobrança no destino. O setor quer também ampliar e diversificar suas fontes de financiamento, inclusive com recursos externos, viabilizando a emissão de títulos do agronegócio em moeda estrangeira.
Criminalidade no campo
Para as entidades, a segurança no campo é uma das principais preocupações. O presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Algodão (Abrapa), Arlindo Moura, afirma que já teve prejuízos de R$ 8 milhões em três invasões em suas propriedades nos últimos anos e diz que casos similares são comuns entre seus associados. "Antes não era assim. Hoje, a insegurança e a criminalidade estão entre as maiores preocupações de muitos agricultores", diz Moura.
Ouça entrevista do Superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi, a Rádio CBN Campo Grande
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