O albergue noturno Jesus de Nazaré, de Aparecida do Taboado, passa por dificuldades financeiras para manter o trabalho assistencial. São 12 leitos que acomodam 24 pessoas, mas dependendo da necessidade o número de abrigados é maior, segundo a diretoria.
Mônica Escobar, zeladora do local, explica que apesar do apoio recebido por empresas e instituições públicas, a entidade precisa de mais ajuda para se manter, já que muitos abrigados chegam apenas com a roupa do corpo. A maioria dos atendidos é do sexo masculino.
“Se aparecer mais pessoas nós improvisamos e damos um jeito.Recebemos todos com muito amor e carinho”, disse. Além disso, a zeladora conta que muitas pessoas chegam doente, com fome, e sem higiene pessoal e recebem assistência gratuita.
Apensar da limpeza, a zeladora destaca que é preciso fazer uma reforma, pois o prédio é antigo e a parte elétrica e hidráulica estão desgastados. “Precisamos com urgência, e esperamos a colaboração de todos para ajudar”, frisou.
Falta ainda doações de toalhas de banho, lençol e cobertores, pois a demanda é grande e se desgastam com facilidade, conforme Mônica. “Muitas pessoas tem receio de doar devido a situação das pessoas atendidas, mas todos os dias eu ouço as histórias deles e são pessoas boas e estão perdidas e desorientadas”, finaliza.
Atualmente o albergue é administrado pelo Lar espírita Joana D’arc, e conforme o tesoureiro do centro espírita, Glaucio Queiroz, infelizmente a situação financeira e estrutural não é das melhores e carece do apoio popular, principalmente do Poder Público.
“Cada centavo que entra faz a diferença, sempre fazemos eventos e promoções para conseguir manter o albergue em funcionamento, isso não nos dá condições de fazermos outras coisas”, disse.
Glaucio destaca ainda que o prédio é antigo e abrigou o primeiro hospital de Aparecida do Taboado na década de 1960 e a parte hidráulica nunca foi trocada e os canos ainda são de ferro e estão apodrecendo. “Trabalhamos com muito carinho, mas temos pisos quebrados, janelas precisando de reparos. Tivemos um assalto recentemente e a porta foi quebrada e não tivemos condições de trocar”, observou.
O tesoureiro também falou que se continuar na mesma situação o Albergue terá que fechar as portas e parar os atendimentos, já que é preciso regularizar muitas coisas, tanto administrativa, como estrutural. “Apesar de trabalharmos com boa vontade, assumimos um compromisso e somos responsáveis pelo que acontece aqui dentro e se acontecer uma tragédia, como o prédio desabar, os responsáveis são os administradores”, finaliza.