Aparecida do Taboado teve o primeiro caso registrado de mormo equino – enfermidade infectocontagiosa – em uma égua. O caso foi confirmado pela sede da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) no município.
Em entrevista, o veterinário Gustavo gerente local da agência informou que o animal passou por dois exames que apontaram resultados positivos. Com isto o animal teve que ser sacrificado na propriedade onde estava localizado, há 16 km da cidade. Em geral a IAGRO sacrifica e incinera o animal para fazer o controle da doença, além de interdição da propriedade para exames nos demais animais, que segundo o veterinário, estão aguardando o resultado para liberar a fazenda.
Este foi o primeiro caso da doença registrado aqui no município.
A DOENÇA
O mormo é uma doença infectocontagiosa grave que acomete os equídeos (equinos, asininos e muares), mas que pode acometer outras espécies de animais de maneira acidental como o homem (zoonose), carnívoros e pequenos ruminantes. A doença é causada pela bactéria Burkholderia mallei, que ocasiona alta taxa de mortalidade nos equídeos e no homem é fatal. Os sinais clínicos mais frequentes são: febre, tosse e corrimento nasal. A doença pode se manifestar de forma aguda ou crônica, sendo que a forma crônica, geralmente, ocorre em equinos e a forma crônica em muares e asininos. Em equídeos os sinais são classificados em três categorias: nasal, pulmonar e cutânea.
A principal via de infecção é a digestiva, podendo ocorrer também pelas vias respiratórias, genital e cutânea. Animais infectados e portadores assintomáticos são importantes fontes de infecção.
A disseminação do agente no ambiente ocorre através da água, alimentos (forragens, melaço), fômites (bebedouros, cochos, equipamento de montaria compartilhados). A mosca doméstica também pode contribuir para a disseminação da bactéria.