A saúde pública está em alerta em Aparecida do Taboado (MS) por causa da Leishmaniose porque segundo dados da Vigilância Sanitária, 51% dos cachorros estão com a doença na cidade. No ano passado esse percentual era de 35%.
De janeiro até julho deste ano 222 cães foram testados pela equipe da Vigilância Sanitária e deste total 114 apresentaram resultados positivos para a doença, ou seja, estavam infectados. Mas esse número pode ser ainda maior, já que animais errantes podem estar doentes.
Exames também confirmaram três casos de Leishmaniose em humanos e outros dois casos ainda estão em investigação.
Transmissão
A informação é preocupante, já que a Leishmaniose é uma zoonose – pode ser transmitida para humanos – e, se não tratada, leva a óbito em até 90% dos casos. A transmissão acontece através da picada do mosquito palha fêmea. Os cães servem de reservatório natural do parasita Leishmania. Se o mosquito picar o cão infectado com esses protozoários e picar o homem, pode transmitir a doença para ele. Assim como pode transmitir também para outros cães e outros animais.
Sintomas
Na maioria dos casos os sintomas não se manifestam nos cães. Os principais sinais são crostas e descamações pelo corpo (principalmente em região da face), aumento dos gânglios, lesões ulceradas, crescimento e deformação das unhas. É uma doença de difícil cura, porém com controle se houver um diagnóstico precoce.
Prevenção
Para a prevenção, é indicado o uso de inseticidas e coleiras que repelem o mosquito palha. Outra opção é a vacinação, porém um cão vacinado pode ficar infectado sem ter os sintomas e ser um potencial transmissor. A situação requer atenção e qualquer alteração já sugere a procura de um veterinário, já que um diagnóstico precoce pode significar vidas salvas. Limpeza de quintais e terrenos também é essencial para evitar criadouros e proliferação do mosquito transmissor.
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