Quem passa pela BR-158, sentido Selvíria-MS após o aeroporto municipal em Aparecida do Taboado-MS, tem logo a atenção voltada para o lixão, a fumaça emitida pela queimada e a revoada de urubus que, atraídos pela imensa quantidade de lixo, tomam conta do local.
Há décadas o lixão é um problema grave no município. A situação é caótica e preocupante do ponto de vista ambiental e sanitário. O risco de acidentes na rodovia é iminente em consequência da fumaça que persiste dia e noite.
Catadores
O trabalho insalubre e as condições precárias impõem aos catadores de lixo uma rotina de vulnerabilidades sanitárias e de saúde. Essas condições, não impedem a presença de pelo menos duas famílias que disputam cada metro quadrado do lixão a céu aberto, em busca da sobrevivência. Há 22 anos, é de lá que Cristiano Caires Vercanti, retira o sustento da família. Ele explica que a esposa quase perdeu a vida em consequência da fumaça e da exposição ao lixo.
Vizinhos
Para as propriedades próximas, o lixão também representa um risco. Os resíduos quando queimados liberam uma fumaça preta que preocupa a vizinhança. O lixão faz limites com as terras da Val Agropecuária. O gerente da fazenda, Luiz Claudio, reclama da poluição. Segundo ele é muito plástico, isopor, papel e outros resíduos leves que o vento sopra para as pastagens em torno do lixão. "Isso tudo é prejudicial para o gado", afirma Luiz Claudio.
Meio Ambiente
O descarte de resíduos sem a devida fiscalização pode causar a contaminação do solo e da água e contribuir para a disseminação de doenças. O resíduo industrial como metais, solventes, óleos, produtos químicos, é um dos maiores responsáveis pelas agressões fatais ao meio ambiente. Outro problema grave são os resíduos hospitalares, que promovem grande risco à saúde pública. Agulhas descartadas incorretamente em lixões podem causar a contaminação do solo, além do risco biológico, como doenças infecciosas.
Entrevista
Devido as constantes e inúmeras reclamações de moradores e funcionários de propriedades vizinhas ao lixão, motoristas que trafegam pela BR-158 e dos próprios catadores de lixo, a nossa reportagem foi até o local e registramos as condições daquele lugar. Ouçam: