A expressão Black Friday (sexta feira negra) foi usada pela primeira vez em 1869, quando um grupo de investidores nos EUA tentou controlar o mercado do ouro, na Bolsa de Valores de Nova York, causando uma queda brutal no preço, uma forte recessão econômica e quebrando instituições financeiras numa sexta feira.
Também há quem diga que o termo foi criado em 1960, por policiais da Filadélfia, em referencia ao trânsito caótico um dia após o feriado de Ação de Graças. Outra teoria diz respeito à saúde financeira das empresas, que aumentavam o seu faturamento neste dia e saíam do vermelho. Em inglês, estar no vermelho (in the red) significa prejuízos e estar no preto (in the black) significa lucros.
Como logo após o feriado do Thanksgiving (Dia de Ação de Graças), as lojas saíam do vermelho pelas fortes vendas, a data passou a ser conhecida como Black Friday. A partir do ano 2.000, essa data passou a ser a mais importante do mercado americano em termos de compras e foi eleita como a data de inicio das compras de Natal, onde as lojas oferecem grandes descontos e vendem muito. No Brasil, apesar de não existir o feriado de Thanksgiving, o mercado se aproveitou da data americana e começou a fazer o Black Friday no mesmo dia.
Em 2016, a data oficial será 25 de novembro mas, esse evento, que deveria ser de somente um dia, acontece em vários dias aqui no Brasil e é comum vermos propagandas anunciando que o Black Friday vai até a próxima semana ou que já começou, dias antes da data oficial.
Aqui também começou a ser chamada de Black Fraude, pois muitas lojas aumentam os preços e dão descontos fictícios, lesando o consumidor. Pesquisas feitas em anos anteriores, pelo Programa de Administração de Varejo, da Fundação Instituto de Administração, mostraram uma série de produtos que ficaram mais caros nesse dia, apesar do apelo enganoso dos grandes descontos.
Para combater essa fraude nas vendas pela internet, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico criou um selo de credibilidade e recomenda que comprem somente das lojas que possuem esse selo. Outra curiosidade é que um site americano chamado Black Friday Death Count, contabiliza os mortos e feridos nas lojas durante esse dia, onde o povo americano vai à a loucura, em busca dos preços baixos.
Célio Pezza é colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo.