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Colaborador: procurar um pronto ou treinar?

Leia o artigo da gestora de Recursos Humanos Mônica Biajo.

Leia o artigo da gestora de Recursos Humanos Mônica Biajo. - Arquivo Pessoal
Leia o artigo da gestora de Recursos Humanos Mônica Biajo. - Arquivo Pessoal

A grande maioria das empresas busca profissionais com alta capacitação técnica, grandes feitos no passado, universidades de peso e um currículo invejável. Contratar pessoas experientes é sempre interessante, mas investir na formação “dentro de casa” pode ser ainda mais estratégico.

Embora seja uma tática de longo prazo, que demanda planejamento e investimentos por parte da empresa, essa tem se mostrado uma aposta bastante promissora. Trabalhando há 11 anos na Mazzaferro, indústria de excelência no ramo de nylon, tenho vivenciado esse processo de formação na prática.

Com quase 500 colaboradores, a empresa dispõe de um plano de carreira estruturado. Com feedbacks periódicos, os colaboradores conseguem identificar seus pontos fortes e aqueles a serem melhorados a fim de crescerem e galgarem novas posições. O programa de salários e benefícios segue essa mesma estrutura.
Por meio de um sistema de acompanhamento de performance, o índice de demissões tende a ser muito baixo. Quando os problemas são facilmente identificados, o colaborador tem tempo para corrigir ou se adaptar. A demissão só acontece em último caso. O turn over é baixíssimo e é muito comum ver profissionais há mais de 10, 15 anos na empresa.

O recrutamento interno também faz parte da política de recursos humanos. Antes de abrir qualquer vaga, a empresa avalia a possibilidade de promover um colaborador, prestigiando assim os que mais se destacam. Dessa forma, é muito comum ter profissionais que entram na empresa ainda muito jovens e despreparados e chegam a assumir posições de liderança.

Além do bom desempenho, a Mazzaferro leva em consideração a disponibilidade que o colaborador tem para estudar. Um programa de graduação e pós-graduação estimula a formação dos profissionais com bolsas de até 50% nas mais renomadas instituições de ensino. Há ainda disponibilidade para cursos de idiomas, considerando as demandas de cada área. Treinamentos in company também estimulam a capacitação dos profissionais.

A valorização dos colaboradores é uma marca, porém a empresa também está aberta a buscar jovens profissionais no mercado. Esta oxigenação é necessária também.

*Mônica Biajo é gestora de recursos humanos.