Tão importante quanto falar de alfabetização, é falar sobre alguns aspectos que podem influenciar nesse processo. A dislexia é um deles, que embora sempre presente na história das dificuldades de aprendizagem, ainda é um assunto pouco discutido, e, muitas vezes abordado de forma errônea. Afinal o que é dislexia e como podemos percebê-la em nossas crianças?
Primeiramente vamos pensar na etimologia da palavra DISLEXIA – esta é formada por DIS que representa a ideia de dificuldade ou distorção; e LEXIA que se refere a léxico (palavras que compõem o vocabulário de uma língua). Logo, a pessoa que tem dislexia apresenta a dificuldade de memorização do formato, da imagem das palavras. Isso mesmo, todos nós leitores, memorizamos a ordem das letras que compõe uma palavra e ao olharmos para ela, a identificamos e a lemos. Ou seja, não lemos letra por letra, lemos a palavra inteira instantaneamente.
É necessário solicitar aos responsáveis maiores investigações, preferencialmente com neurologista, já que a dislexia é um transtorno de aprendizagem de ordem neurobiológica. Uma vez confirmada, é sugerido que se iniciem os acompanhamentos com os profissionais que auxiliarão no desenvolvimento da linguagem na criança. A dislexia não tem cura, mas a partir dos trabalhos feitos, a criança se conhecerá melhor e entenderá qual, ou quais, são as melhores maneiras para sua aprendizagem. Isso feito na infância, evita sofrimento prolongado por suas dificuldades em aprender.
Todo professor alfabetizador tem a fase da alfabetização como: encantadora, mágica, envolvente, cativante, surpreendente, entre outros. Porém, essa fase também se apresenta como misteriosa, pois o desenvolvimento das crianças depende de vários fatores que ultrapassam a função e as ações deste profissional, embora dependa delas o encaminhamento para um diagnóstico preciso.
*Viviane Schueda Stacheski é professora do curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional Uninter