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Final

Para além da Lava Jato

"No sentido mais amplo da frase ele, Sérgio Moro se amolda ao cidadão comum na esperança da sobrevivência do Brasil"

Sebastião Fontoura - Arquivo
Sebastião Fontoura - Arquivo

“Espero que o Brasil sobreviva” disse o Juiz Federal Sérgio Moro ante as negociações de delação premiada com Marcelo Odebrecht e mais 70 executivos da empreiteira resultando em 300 anexos ou resumos de delação que propõem revelar.

É mais do que já foi apurado nesses 30 meses da Lava Jato desenvolvida especialmente pelo Ministério Público Federal, Policia Federal e assegurada pelo Supremo Tribunal Federal.

Ele, Sérgio Moro, ícone da operação, ao dizer “Espero que o Brasil sobreviva” deu vazão à sua percepção do alcance e significação da Lava Jato para os destinos do país e da dimensão das revelações e imprevisibilidade de acontecimentos futuros, sem divisar tempo finito para o trabalho pela frente.

No sentido mais amplo da frase ele, Sérgio Moro se amolda ao cidadão comum na esperança da sobrevivência do Brasil e indica que a construção do país é mérito e campo da politica, sendo irrelevantes as fronteiras ideológicas.

Ao longo da série “Para além da Lava Jato” a questão de responsabilização politica foi abordada indicando a necessidade de nos conscientizarmos da importância e responsabilidade pessoal de nos interessarmos pela politica, discutirmos politica e independente de sermos ou não pessoa da politica ideológica ou partidária, participarmos “sem qualquer demérito” da politica.

A operação Lava Jato ao desnudar a corrosão moral endêmica pululante na gestão publica abre avenidas para encaminharmos um novo ordenamento em que prevaleça um sentimento de brasilidade na condução politica de nosso Brasil.

Essa é nossa divida para com Sérgio Moro, essa nossa divida para conosco, essa a nossa responsabilidade para com as gerações futuras. (Sebastião Fontoura)