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SUSTENTABILIDADE

2º Fórum ESG Amcham será nesta quinta na Capital

Palestrantes estiveram na Rádio CBN Campo Grande e debateram sobre os maiores desafios para as empresas diante da adoção de práticas ESG

Palestrantes Camila Schoti, Lúcia Casasanta e João Zeni - Foto: Duda Schindler/CBN-CG
Palestrantes Camila Schoti, Lúcia Casasanta e João Zeni - Foto: Duda Schindler/CBN-CG

Como uma medida urgente da agenda corporativa atual, o engajamento às práticas de ESG (ambientais, sociais e de governança) no Brasil saltou 24 pontos percentuais neste ano, frente a 2023, com 71% das empresas adotando práticas sustentáveis. Esse movimento é liderado pelo setor industrial, que se destaca na implementação de iniciativas sociais e ambientais.

Esses dados foram apontados na Pesquisa Panorama ESG 2024, realizada pela Amcham em parceria com a Humanizadas. Mas as empresas enfrentam muitos desafios, como dificuldades na mensuração de indicadores ESG (40% ) e na construção de uma cultura organizacional sólida (32%).

Os resultados da pesquisa que ouviu 687 líderes de empresas de médio e grande porte no país, que empregam meio milhão de pessoas e totalizam um faturamento de R$ 756 bilhões, sugerem a urgência de integrar a sustentabilidade de forma mais profunda nas estratégias empresariais. 

Temas que estarão sendo discutidos nesta quinta-feira (19) no 2º Fórum ESG Amcham, em Campo Grande, com a participação de executivos com vasta experiência em projetos de sustentabilidade, gestão de equipes e desenvolvimento de estratégias. Três dos quatro palestrantes do fórum participaram nesta manhã de uma entrevista na Rádio CBN Campo Grande.

Para Lúcia Casasanta, conselheira de Administração do Grupo Madero e representante do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), o principal mote da governança é a mensuração dos resultados das práticas ESG para os negócios.

"É preciso organizar a forma de divulgar e de informar, reportar aquilo que está sendo feito. Os negócios estão sendo conduzidos gerindo os riscos que existem envolvendo questões ambientais, envolvendo questões sociais das comunidades do entorno, dos interesses de partes interessadas. mas nem sempre isso está sendo reportado de uma forma que possa ser comparado e adequado no mercado, que também já está vindo uma regulação para as empresas de capital aberto, a partir de 2026. É o famoso IFRS S1 e S2, que pode ter uma adoção antecipada, voluntária ou obrigatória para a divulgação de riscos e oportunidades, quantificar quanto que afeta o fluxo de caixa das empresas, quanto que está no orçamento, quanto que eu já realizei do orçamento. Isso é uma dificuldade que a maioria das empresas tem hoje para atender essa regulação", disse Lúcia Casasanta.

A representante do IBGC também alerta que "hoje não dá para olhar para o negócio só para dentro dele, para o interesse exclusivo de seus fundadores ou investidores naquele negócio. A palavra sustentabilidade corporativa abrange a interconexão com outros atores. 'Stakeholders' é o termo em inglês que se usa para isso, que são partes interessadas no negócio, que sem essa interconexão, sem falar a mesma linguagem, equilibrar interesses, você não tem sucesso no próprio negócio. É a interconexão dos interesses, o equilíbrio desses interesses para a sustentabilidade econômica e financeira das corporações", destacou.

O diretor de ESG da Electrolux, João Zeni, que atua há duas décadas com sustentabilidade corporativa, defende "que a gente não quer ter uma estratégia de sustentabilidade, a gente quer ter uma estratégia sustentável. Uma estratégia que perenize mesmo o negócio. E pra perenizar o negócio você não consegue mais só olhar pra dentro de casa".

Esse mesmo olhar, voltado para a estratégia de lucro e o perfil das empresas para a adoção das práticas de ESG, é revelado pela diretora de Marketing & Growth da (re)energisa, Camila Schoti. Ela destaca o potencial brasileiro na geração de energia limpa.

"gente consegue fornecer energia limpa muito mais do que qualquer outro país e países desenvolvidos no mundo. No fim das contas, quando a gente olha para a cadeia de valor das empresas, existe muita oportunidade de descarbonização que vem casada também com ganhos de competitividade. Então, a gente está numa situação em que é possível olhar para isso como uma oportunidade e concretizar essa oportunidade", concluiu Camila.

O Amcham Fórum ESG contou com o apoio de Eldorado Brasil, Energisa, Sebrae e Suzano.

Clique abaixo e acompanhe a entrevista na íntegra:

PROGRAMAÇÃO – 2º FÓRUM ESG AMCHAM

18:20 – Credenciamento e Welcome Coffee

18:50 – Abertura Institucional Amcham

19:00 – Panorama ESG | Palestrante: Lucas Faia, Diretor, Humanizadas

19:30 – Governança: O pilar para construção de uma estratégia ESG | Palestrante: Lucia Casasanta, Conselheira de Administração do Grupo Madero e representante do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa)

20:05 – Transição Energética | Palestrante: Camila Schoti, Diretora de Marketing & Growth, (re)energisa

20:30  – Sustentabilidade: Tendências, Desafios e Oportunidades | Palestrante: João Zeni, Diretor de ESG LATAM, Electrolux 

21:00 – Encerramento Amcham

 

LOCAL –  Faculdade Senai da Construção, em Campo Grande 

INFORMAÇÕES – (67) 99272-1020