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Em MS, 44% das famílias relatam piora na renda familiar nos últimos cinco anos

Pesquisa ouviu moradores dos 15 maiores municípios de Mato Grosso do Sul

Pesquisa ouviu moradores dos 15 maiores municípios de Mato Grosso do Sul - Foto: Isabelly Melo
Pesquisa ouviu moradores dos 15 maiores municípios de Mato Grosso do Sul - Foto: Isabelly Melo

Nas ruas da capital a maioria das pessoas reclamam que a renda familiar vem caindo nos últimos anos. Relato comprovado em pesquisa de opinião pública feita nos 15 maiores municípios de Mato Grosso do Sul, entre os dias 23 e 25 deste mês,  que revela que 44% dos entrevistados notaram que a renda familiar piorou em nos últimos cinco anos.

Conforme a enuqete, 33% disseram que melhorou e outros 17% não souberam ou não quiseram responder. Os dados foram tabulados pelo Instituto de Pesquisa Resultado, IPR, de Campo Grande.

Outro dado que chamou a atenção mostra o otimismo do sul-mato-grossense em relação ao mercado de trabalho; quase 58,19% das pessoas ouvidas acreditam que tem chance grande ou muito grande de se manter no emprego atual.

No último mês, Mato Grosso do Sul ficou entre os estados com maior índice na geração de postos de trabalho no país, ficando atrás somente de Roraima e Goiás. Foram abertas 7.316 novas vagas de emprego, com registro em carteira, no mês de fevereiro no Estado, segundo dados divulgados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

O aumento das vagas em Mato Grosso do Sul foi de +1,29% acima do índice médio nacional que foi de +0,80%. No acumulado do ano, o Estado abriu mais de dez mil (10.792) novas vagas de emprego. O número de pessoas que tiveram a carteira de trabalho assinada nos primeiros dois meses do ano passa dos 60 mil trabalhadores.

No entanto, a falta de qualificação profissional e experiência continuam sendo barreiras para as contratações. Recém completado 18 anos, Beatriz Aparecida é um desses exemplos. A jovem segue na busca por uma oportunidade no mercado de trabalho mesmo após experiência negativas.

"Até hoje só ouvi não na minha cara. É difícil pra gente que não tem estudo, muitas coisas pedem curso ou ensino médio completo, e na gente que não tem só recebe não. Podiam dar uma chance pra gente né, uma oportunidade, pra mostrar que nós somos capazes de fazer aquilo que as outras pessoas fazem né, é o que eu acho", contou.

Fabiana Rodrigues Paixão, mãe da jovem, também está com dificuldades para conseguir o primeiro emprego. "Hoje em dia tá muito difícil, até pra minha filha que é jovem, não está fácil achar emprego. Difícil dar oportunidade pra quem é novo e não tem experiência. A gente ainda consegue manter nosso serviço, mas pros jovens de hoje conseguirem um, está difícil", relatou.