No sexto Levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de grãos na safra 2023/24 deverá atingir 295,6 milhões de toneladas, representando uma queda de 7,6% em relação ao ciclo anterior. A queda é reflexo, principalmente, da redução em torno de 7,1% na produtividade média esperada, que sai de 4.072 quilos por hectare para 3.784 kg/ha.
As condições climáticas variáveis e prejudiciais nas principais regiões produtoras resultaram em perdas significativas na produtividade das culturas, especialmente na da soja, principal produto cultivado no período. A área cultivada também deverá ser reduzida, estimada em 78 milhões de hectares.
No caso da soja, a produção pode chegar a quase 147 milhões de toneladas, com uma redução de 5% em relação à safra anterior, devido às baixas precipitações e às altas temperaturas. Entretanto, em áreas onde o grão foi semeado tardiamente, as precipitações têm favorecido o desenvolvimento das lavouras, aumentando .
O plantio do milho segunda safra está dentro do esperado nos principais estados produtores, mas a área destinada para a cultura deve cair 8,3%. A expectativa é que sejam colhidas cerca de 87 milhões e 350 mil de toneladas do grão na segunda safra, somando-se às 23 milhões e 410 mil de toneladas da primeira safra.
Mercado
Com o novo ajuste na produção de soja, as exportações também serão reduzidas em 1,83 milhão de toneladas, saindo de uma estimativa de 94,16 milhões de toneladas para 92,33 milhões de toneladas. Diante desse cenário de quebra de safra atual, as projeções de importações também foram aumentadas de 200 mil toneladas para 800 mil toneladas. Para o milho e arroz, as projeções permaneceram praticamente estáveis.
Para o algodão, a expectativa é que as exportações cresçam 53%, chegando a 2,48 milhões de toneladas. Já com relação ao consumo brasileiro de pluma, a expectativa é que haja crescimento de 7,35% nesta safra, chegando a 730 mil toneladas em 2024.
*Com informações da Conab