Uma área de mais de 6.400 hectares no Pantanal, no município de Corumbá, foi devastada por queimadas e desmatamento para a criação de gado. Agora, a Advocacia-Geral da União (AGU) cobra na Justiça R$ 725 milhões de três responsáveis pela degradação ambiental.
O valor solicitado inclui R$ 212 milhões por ano de infrações registradas desde 2020. Segundo investigações, os danos começaram após intensas queimadas entre junho e setembro daquele ano, resultando na formação de duas fazendas na área, que é de propriedade da União.
Desde 2021, os terrenos têm sido usados para atividades de pecuária, com um rebanho que já ultrapassou 7.200 animais.
Além da indenização, a AGU pede o bloqueio de bens dos acusados e a apresentação de um Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD).
Operação Prometeu
As ações ilegais foram identificadas pela Operação Prometeu, deflagrada em 2024 pela Polícia Federal. Durante a operação, foi constatado que motosserras e queimadas foram usadas para derrubar árvores, agravando a destruição do bioma.
As terras em questão são devolutas, ou seja, pertencentes à União, e estavam em processo de arrecadação pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Mesmo após autuações, os réus continuaram a explorar economicamente o local e impediram a regeneração natural da vegetação.
*Com informações da AGU